Ao alcançar cotações como não se via desde 2012, fechando a última semana em R$ 2,83, o dólar “nas alturas” está salvando a lavoura nacional e em consequência a sul-mato-grossense, ambas com previsão de safra recorde para este ano — respectivamente em 200,8 milhões de toneladas (Brasil) e 15,7 milhões de toneladas (MS) — e cenário favorável para as exportações.
O outro lado da moeda é que essa alta deve repercutir na forma de aumento nos custos de produção e redução de investimentos pelo produtor e ainda na majoração de preços dos itens importados no varejo para o consumidor final, avaliam analistas e representantes de segmentos da economia ouvidos pelo Correio do Estado.
“A agricultura brasileira não quebrou e não vai quebrar por causa da alta do dólar. Com a queda de preços na Bolsa de Chicago, na verdade é o dólar quem está salvando a nossa lavoura”, define a analista chefe e estrategista de mercado de grãos da Rural Business, Tânia Tozzi. Ela ressalta que a relação de preços em dólar é ainda mais agressiva para a produção de soja, destaque entre as culturas no País e que tem produção estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra deste ano em 94,5 milhões de toneladas (47,2% do total de grãos). Só em Mato Grosso do Sul, a oleaginosa corresponde a 43,8% da produção total estimada para a safra 2015 no Estado, de 15,7 milhões de toneladas.
A reportagem, de Daniella Arruda, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.
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