sábado, 10 de janeiro de 2015

Equipes de resgate retiram cauda do avião da AirAsia


G1

As equipes de resgate da Indonésia informaram neste sábado (10) que conseguiram levar para a superfície a cauda do avião da AirAsia que caiu com 162 pessoas a bordo em 28 de dezembro no mar de Java.

Para recuperar a cauda, que estava a 30 metros no fundo do mar, foram usadas várias boias, segundo a fonte e as autoridades indonésias.

"Erguemos a cauda do avião com um guindaste e a colocamos no barco Crest Onyx. Vamos voltar a examiná-la para confirmar que as caixas negras não estão nela", afirmou à AFP um porta-voz do exército indonésio, Manahan Simorangkir.

A peça, de 10 metros de comprimento, será examinada com a esperança de encontrar as duas caixas-pretas que guardam os registros das conversas na cabine e os dados de voo, essenciais para saber o que aconteceu com o avião antes de cair no mar. No entanto, as autoridades estão pessimistas sobre a possibilidade de encontrar os dispositivos.

Ajudados por um guindaste e bolsas de ar, os oficiais indonésios conseguiram desenterrar os destroços presos no limo marinho.

A cauda será transferida de navio até o porto de Kumai onde os destroços serão analisados.
Com relação às vítimas,  48 corpos foram resgatados e ao menos 2 deles estavam presos nos assentos. Os fortes ventos e correntes marítimas têm atrapalhado as equipes na busca pelas partes maiores do avião, onde acredita-se que estejam mais corpos.

Sinais

Nesta sexta, um navio da missão de rastreamento captou uma série de frágeis sinais sonoros intermitentes sob a água e a mais de um quilômetro da cauda do aparelho que poderiam pertencer às caixas-pretas.

Nurcahyo Utomo, investigador da Comissão Nacional de Segurança no Transporte disse que ainda não puderam localizar a procedência dos sinais, nem confirmar se pertencem às caixas-pretas do avião acidentado.

As autoridades também apontaram a possibilidade de os aparatos, que têm bateria para enviar sinais durante 30 dias, estejam enterrados no barro e por isso os sons estejam tão fracos.
O trabalho dos mergulhadores foi suspenso várias vezes por causa da forte corrente marinha na área e da pouca visibilidade submarina.

Outra das prioridades da missão é localizar a seção principal da fuselagem do avião, onde acredita-se que estejam os corpos da maioria de passageiros que ainda estão desaparecidos.
"Ainda estamos buscando o corpo do avião, onde a maioria de vítimas poderia estar presa", declarou Suryadi B. Supriyadi, diretor das operações de busca.

O avião da AirAsia que realizava o voo QZ8501 saiu de Surabaia na madrugada de 28 de dezembro e deveria aterrissar horas mais tarde em Cingapura, mas caiu chocou no mar de Java 40 minutos após partir.

O piloto chamou a torre de controle na Indonésia quando sobrevoava o mar de Java e solicitou permissão para virar à esquerda e subir dos 32 mil pés para 38 mil para fugir de uma tempestade.
A torre de controle não conseguiu estabelecer contato minutos depois para autorizar a elevação para 34 mil pés.

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