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As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil: matam 308 000 brasileiros por ano. Entre elas, a mais letal é o acidente vascular cerebral (AVC). A segunda é o infarto, responsável por 80 000 óbitos anuais, ou uma morte a cada cinco minutos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
O infarto ocorre quando uma artéria coronária fica obstruída e deixa de levar oxigênio e nutrientes ao coração. Essa obstrução é consequência da formação de um coágulo que bloqueia a passagem de sangue e leva à necrose do músculo cardíaco. Quanto mais rápido for o socorro à vítima, menor será o tecido necrosado e, logo, maior a chance de sobrevivência. “Caso a pessoa procure por ajuda até duas horas depois do infarto, a mortalidade é de 3%. Se ela esperar mais de dez horas, o risco de vida é de 30%”, diz Marcelo José de Carvalho Cantarelli, cardiologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco e coordenador da campanha Coração Alerta da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Causas — A principal causa da formação do coágulo é o desenvolvimento de placas de gordura na parede das artérias, a chamada aterosclerose. A lesão aterosclerótica pode ser ocasionada por níveis elevados de colesterol ruim, lesões da camada interna dos vasos, pressão alta, hereditariedade, tabagismo, sedentarismo, stress e diabetes.
Sintomas — Indícios clássicos do infarto são uma dor forte no peito, que dura de 20 a 30 minutos e que pode irradiar no braço esquerdo, costas e mandíbula. São sintomas também palidez, suor frio, náusea, vômito, dor nas costas, falta de ar, cansaço desproporcional, enjoo e dor de estomago.
Em alguns pacientes, no entanto, o problema é assintomático e o diagnóstico só pode ser feito por meio de exames. Diabéticos, por exemplo, não costumam sentir dor durante um infarto, porque a doença altera as terminações nervosas. No caso dessas pessoas, os indícios são falta de ar e cansaço.
Cuidados — Quando há sinais de que um indivíduo está sofrendo um infarto, a recomendação é oferecer a ele três comprimidos de AAS (ácido acetilsalicílico infantil), se não for alérgico à droga. O remédio diminui o coágulo e, por isso, pode salvar a vida da pessoa.
No hospital, o paciente poderá ser medicado com trombolíticos, que desfazem o coágulo, e, nos casos mais graves, submetido a uma angioplastia para desobstruir a artéria.
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