quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Cem anos depois 15 soldados da I guerra são enterrados

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Uma cerimônia organizada ontem(22) marcou o enterro de quinze soldados britânicos que morreram durante a I Guerra Mundial, há mais de 100 anos. Os restos mortais dos militares foram encontrados por equipes responsáveis pela drenagem de um campo na França, em 2009. Os especialistas conseguiram identificar os corpos de onze dos militares com amostras de DNA colhidas de descendentes. De acordo com o jornal Daily Telegraph, o enterro ocorreu em Bois-Grenier, perto da francesa Lille, e contou com todas as honrarias do Exército da Grã-Bretanha. Cerca de 140 familiares dos soldados mortos e centenas de curiosos compareceram ao local.

A identificação dos corpos foi possível após especialistas averiguarem que os restos mortais pertenciam a soldados que integraram o segundo batalhão do regimento de York e Lancaster. Eles morreram em território francês no dia 18 de outubro de 1914. Após obter uma listagem dos militares que participaram desta incursão, oficiais do ministério da Defesa britânico rastrearam todos os descendentes dos soldados para solicitar amostras de DNA. "Até você se ver envolvido nisso, você não imagina o que está acontecendo. Eu admiro muito as pessoas que identificaram esses corpos", declarou Marlene Jackson, de 70 anos, cujo tio-avô Herbert Ernest Allcock estava entre os militares identificados.

Autoridades estipulam que os cadáveres de aproximadamente trinta soldados do Commonwealth que lutaram na I Guerra Mundial são encontrados todos os anos na Europa Ocidental. Eles geralmente são achados durante escavações para a construção de estradas e prédios, ou são trazidos pelas águas de enchentes. Um porta-voz da Comissão de Túmulos de Guerra do Commonwealth afirmou que é atípico tantos militares serem identificados de uma só vez. Em 2010, os restos de vinte soldados britânicos foram encontrados em Arras, ao norte da França. Eles foram enterrados no início deste ano, mas apenas um deles pôde ser identificado pelos especialistas.


Antes de solicitarem as amostras de DNA, os investigadores costumam procurar por placas de identificação que possam trazer o nome dos soldados. Também há formas de obter pistas através da análise de botas, insígnias, uniformes e registros históricos.

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