O subsídio aos voos regionais deve reduzir entre 10% e 25% o preço nos voos para esses destinos já oferecidos pela Azul, estima o presidente da companhia aérea, Antonoaldo Neves. Segundo ele, o plano de estímulo à aviação regional permitirá que a companhia amplie a frequência de voos nas cidades que já atende, ofereça mais conexões diretas no interior e inicie a operação em novos destinos.
Líder em aviação regional com cerca de 100 cidades atendidas no País, a Azul deve ser a empresa que mais se beneficiará do plano de aviação regional e já planeja uma expansão de frota para ampliar a operação. "Vamos precisar de 10 a 20 novos aviões da Embraer em até três anos e talvez uns dez ATRs a mais", diz Neves.
A Azul hoje usa o turboélice ATR, com cerca de 70 assentos, nas rotas regionais, e o jato da Embraer, com cerca de 120 lugares, para voos entre cidades maiores. O plano da empresa é colocar os jatos nas rotas hoje usadas pelos ATRs, ampliando a oferta nesses destinos.
Os ATRs devem ser deslocados para destinos com menor demanda, que não são operados pela empresa atualmente, mas devem se tornar viáveis com o subsídio. "A nossa estimativa é de que 25% do subsídio que vamos receber virá dos voos que já operamos. A maioria virá de novos destinos, novas frequências ou da criação de conexões diretas no interior", disse Neves.
A Azul poderá estrear uma malha nova, que já contemplará uma ampliação dos voos regionais, em janeiro. A previsão considera que a medida provisória que autorizou a União a dar subsídio a voos regionais seja aprovada em 30 dias e que o governo assine um contrato com as empresas aéreas até outubro.
Concorrência
Gol e TAM declararam, em nota, apoio ao projeto e disseram que estão estudando oportunidades para ampliar seus voos no interior. Hoje elas já voam para destinos que serão beneficiados pelo subsídio, como Joinville (SC) e Marabá (PA).
A Avianca disse que já faz voos para cinco cidades que se enquadram nos quesitos para receber o subsídio. "Vamos fazer estudos para analisar as possibilidades de operar em mais destinos no interior", disse Tarcísio Gargioni, vice-presidente comercial da Avianca. A empresa diz que tem aviões adequados para a rota - o A318, de 120 lugares -, mas que poderá ampliar a frota para comportar a expansão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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