G1
O corpo de Jair Rodrigues começou a ser velado na Assembleia Legislativa, em São Paulo, às 19h25min de quinta-feira (8). Família e amigos do cantor pediram privacidade e ficaram sozinhos, antes que a cerimônia fosse aberta ao público, cerca de 20 minutos depois.
A viúva Claudine Mello; os filhos Jair Oliveira e Luciana Mello; e a nora Tania Khalill homenagearam Jair. "É uma responsabilidade muito grande cuidar do legado que meu pai deixou. Ele tinha muita leveza e minha principal lembrança é o sorriso", disse o filho do cantor. Jairzinho lembrou que o pai costumava dizer que era o homem mais feliz do mundo.
Amparada pelo filho, Claudine chorou em frente ao caixão. Ele disse que com o tempo a mãe vai conseguir sorrir de novo. "Ela vai se lembrar do sorriso do meu pai e vai sorrir também", comentou.
O rapper Rapin Hood, a atriz Angelina Muniz e o cantor Max de Castro também estiveram na Assembleia Legislativa. "É inacreditável, mas quando o cara lá de cima decide a gente tem que ir. Ele jamais vai sair do meu coração. E que minha Silvinha receba ele lá em cima", disse o cantor Eduardo Araújo.
O apresentador da TV Globo Serginho Groisman disse que fará uma homenagem em seu programa "Altas Horas". "É uma pequena homenagem frente à alegria e à generosidade que ele sempre teve", disse.
É dificil acreditar que ele morreu, não pela idade, mas pela vitalidade, acrescentou. Apesar da tristeza, o cantor deve ser lembrado com um sorriso. "Um homem que nessa idade ainfa ficava plantando bananeira é para a gente lembrar sorrindo mesmo."
O publicitário Washington Olivetto comentou que teve privilégio de conhecer Jair e seus filhos. "Foi uma surpresa imensa, porque ele estava saudabilíssimo. Vi recentemente e estava exuberante. Jair é síntese da alegria do povo brasileiro", resumiu Olivetto. "Era um cara muito humilde, um exemplo para os artistas", elogiou Rapin Hood.
Chorando muito, a cantora Roberta Miranda diz que Jair Rodrigues era uma pessoa a quem dava muito valor e por quem tinha gratidão. "Grata a Jair por ter jogado Roberta Miranda no mercado musical e em uma posição digna", afirmou, citando a gravação de “A Majestade, O Sabiá”.
O músico Juca Chaves disse estar “muito triste, muito triste mesmo”. “Quando se morre de amor, não se morre. E ele era uma pessoa tão querida. Mais do que um grande artista, era um grande homem."
A cantora Simoni, que participava da Turma do Balão Mágico ao lado de Jairzinho quando os dois eram crianças, lembrou da convivência com o cantor.
“Eu o conhecia desde pequena, sempre convivi com a família dele. Era querido demais, uma pessoa incrível e um palhaço também”, diz.
Por volta das 22h30, o apresentador Raul Gil chegou à Assembleia Legislativa ao lado de Ary Toledo. Foram recebidos pelo cantor Juca Chaves.
"Eu e Jair crescemos juntos na vida artística. Eu tinha 23 e ele 22. Ele frequentava minha casa e quem inventou o apelido de Cachorrão fui eu. Tinha por ele o carinho de um irmão. Há pouco tempo fui ao aniversário dele, cantamos juntos e eu ainda disse, Olha a gente ai, firme com essa idade, afirmou Raul Gil. Com voz trêmula, quase chorando, finalizou: "É uma tristeza muito grande. O Brasil perdeu seu cara mais alegre. Olha que eu o conheço há mais de 50 anos e nunca o vi triste".
Ary Toledo elogiou o cantor: "Se enganam as pessoas que acham que ele viveu 75 anos. Ele morreu com 75, mas viveu 500. Era o eterno moleque. O maior intérprete e o artista mais eclético que o Brasil já conheceu".
Acompanhada do músico Júnior Lima, a dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó também foi ao velório. Júnior disse que se sentia órfão de Jair Rodrigues. "O Jair era o nosso James Brown." "Sempre pensei que ele fosse viver uns 100 anos, estava sempre impecável, sempre bem cuidado", afirmou Xororó.
Foram ainda ao velório de Jair Rodrigues a atriz Lúcia Veríssimo, o apresentador Leão Lobo e os cantores Luiza Possi, Agnaldo Rayol e Roberto Leal, que chorou ao se aproximar do caixão.
Jair tinha 75 anos e a causa da morte foi infarto agudo do miocárdio, informou a assessoria de imprensa do cantor. O corpo foi encontrado na sauna da casa em que Jair morava, em Cotia (SP), na manhã desta quinta. O enterro está marcado para o Cemitério Gethsêmani no Morumbi, na sexta-feira (9), às 11h, apenas para familiares e amigos.
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