quarta-feira, 15 de maio de 2013

Bactérias ajudam a combater obesidade e diabetes diz estudo



Um estudo constatou que a bactéria intestinal Akkermansiamuciniphila tem o poder de queimar gorduras e ajuda a melhorar os níveis de açúcar no sangue. A partir disso, os especialistas acreditam que a descoberta pode auxiliar em novos tratamentos médicos para combater a obesidade e a diabetes tipo 2. As informações são do jornal britânico Daily Mail.

A descoberta sugere que os alimentos que estimulam a produção dessas bactérias no sistema digestivo podem contribuir com a perda de peso mais acelerada do que por meio de dietas restritivas e até mesmo do que fazendo exercícios.

Os testes foram feitos em ratos diabéticos e obesos, que sofriam de deficiência da Akkermansiamuciniphila. Após serem alimentados com estimulantes desta bactéria benéfica, os animais elevaram o nível ao considerado normal, tendo seu metabolismo acelerado. Eles também sofreram menos inflamação e reduziram sua resistência à insulina, um sintoma de diabetes tipo 2.

A quantidade de substâncias químicas chamadas endocanabinoides também subiu, de acordo com os resultados publicados na Proceeding sof the National Academy of Sciences. Ao contrário de probióticos - produtos de bactérias vivas que contribuem com a flora saudável para o intestino -, os pré-bióticos não substituem as bactérias, mas ajudam a alimentar e manter os níveis de bactérias "boas" no trato digestivo. Pré-bióticos são uma forma de gás natural, amido digerível encontrado em pequenas quantidades na banana, cebola, alho-poró, aspargo e alcachofra, entre outros alimentos.

Mais benefícios

Os pesquisadores disseram ainda que os resultados indicam que a Akkermansiamuciniphila poderia desempenhar um papel-chave na função da barreira intestinal, inflamação metabólica e armazenamento de gordura. Eles sugerem que as bactérias podem ser utilizadas para desenvolver tratamentos de prevenção à obesidade e seus distúrbios metabólicos associados.

"Estes resultados também proporcionam uma base racional para o desenvolvimento de um tratamento que utiliza este colonizador humano para a prevenção ou tratamento da obesidade e suas desordens metabólicas associadas", afirmou o com o professor Patrice Cani, da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica.

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