terça-feira, 16 de abril de 2013

ArteSesc traz Carlos Vergara a Campo Grande nesta quinta




Na próxima quinta-feira, 18 de abril, o projeto ArteSesc traz a campo grande o artista plástico Carlos Vergara, uma das mais importantes referências da arte contemporânea brasileira. Ele vai ministrar palestra no teatro do Sesc Horto, às 19 horas, e logo após participará do coquetel de abertura da exposição “Carlos Vergara – Viajante”, que estará aberta para visitação até o dia 7 de junho, na Galeria de Artes do Sesc Horto.

“Será uma oportunidade ímpar para a classe artística e o público em geral terem contato com o artista que participou de importantes momentos da cultura como a bienal de São Paulo, em 1963, a bienal de Veneza, na década de 80 e que foi discípulo nomes como Hélio Oiticica e Iberê Camargo”, explica a analista de cultura do Sesc Horto, Francielle Melina Araújo Gadotti.

A obra de Carlos Vergara alterna abordagens abstratas e figurativas. Usando prioritariamente suportes como a pintura e a fotografia, intercalados por algumas experiências em cinema, o artista dedica-se desde os anos 1960 a registrar manifestações culturais, paisagens, cores, texturas, técnicas e matérias do Brasil, especialmente do Rio de Janeiro. Outro momento importante foi a série Monotipia do Pantanal, lançada pelo artista entre 1996 e 1997, que marcou a transição da figuração para o trabalho com obras abstratas.

Sobre a exposição - A exposição “Carlos Vergara – Viajante” foi produzida em 2008 e registra impressões do artista sobre a construção da cidade de São Miguel das Missões (RS), depois de visitas às ruínas de missões jesuíticas no Sul do Brasil. Uma mostra com valor histórico, político, geográfico, arquitetônico e religioso. 

Carlos Vergara produz monotipias ( impressões experimentais irreplicáveis ) que registram instantes de perplexidade e comunhão com todos os impulsos sensíveis que ainda habitam as ruínas - o céu imensamente azul, a luz produzindo a cada momento uma nova configuração de formas e as sombras entre arquitetura e paisagem, o vento e o canto dos pássaros. Eclosão multissensorial do lugar que desafia o artista, como o infinito ao físico-matemático. Ali o artista reconhece a imensidão cósmica e a efêmera passagem humana, onde o tempo natural permanece como guardião de outro tempo da eternidade das memórias ou das fronteiras visíveis e invisíveis das construções e dos sonhos humanos, Esse é o grau de responsabilidade e potência poética com a qual o artista viajante - Vergara - joga com a razão da arte e a intuição da existência. 

A conquista da síntese é evocada em cada obra como pensamento de um missionário transtemporal e transcultural, cuja vontade ( ou missão comunicativa é despertar a mente e o coração para reflexões sobre a história dos lugares de esperança de como vivermos juntos. Vergara, em suas viagens, vem afirmando o interesse por esses lugares onde a história concreta do passado se projeto para o futuro - Hoje. O artista, antes de tudo, trabalho com o o presente ( como é o caso dos Sete Povos das Missões), realizando uma arqueologia de visões imaginárias utópicas, inspiradas na confluência entre esforços de indivíduos e o fenômeno da união de vontades construtivas coletivas.

Sobre o ArteSesc – O SESC tem trabalhado com artes visuais desde 1976 e, em 1981, iniciou o projeto ArteSESC com o intuito de fomentar a produção artística do país, estimulando a criação de um circuito que não fosse limitado somente às capitais, mas que alcançasse o interior do país , áreas em que a produção artística fica mais restrita.São variados os período históricos, temas, técnicas e suportes que integram o projeto com obras de diferentes artistas ou grupos, selecionados por curadorias específicas.
Serviço: Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3357-1200, no Sesc Horto

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