terça-feira, 11 de dezembro de 2012

TV no quarto gera excesso de peso e colesterol elevado em crianças


O Globo
Muito tempo em frente à TV dentro do quarto gera excesso de peso e colesterol total elevado. É o que mostra estudo realizado no Centro de Pesquisa Biomédica de Pennington, nos Estados Unidos. Para chegar à conclusão, pesquisadores compararam o tempo em frente ao aparelho pelas crianças dentro do ambiente e a circunferência da cintura.

Entre 2010 e 2011, crianças entre 5 e 11 anos de Los Angeles foram avaliadas por uma série de fatores como circunferência da cintura, pressão arterial em repouso, triglicérides em jejum, glicose, massa gorda e gordura do estômago.

A análise chegou a duas descobertas. Primeiro, a criança que tem uma TV no quarto tem mais chances de desenvolver gordura subcutânea e massa de tecido adiposo, bem como maior circunferência da cintura. A segunda conclusão é em relação ao tempo em frente ao aparelho. As que ficam mais de duas horas correm 2,5 vezes mais risco de apresentarem altos níveis de massa gorda. Uma TV no quarto também foi associada a três vezes mais chances de risco cardiometabólico elevado, circunferência da cintura elevada e alto nível de triglicérides.

— A associação estabelecida entre TV e obesidade é predominantemente baseada no Índice de Massa Corporal (IMC). A ligação entre televisão e massa gorda, além da adiposidade armazenada em depósitos específicos e o risco cardiometabólico, porém, é bem menos compreendida — diz Peter Katzmarzyk, autor principal do estudo. — A hipótese é que níveis mais elevados de visualização de TV dentro do quarto estejam mais associados a esses fatores.

Outra pesquisadora do estudo, Amanda Staiano afirma que, na alálise, observou-se uma associação mais forte entre ter uma TV no quarto e o tempo em frente ao aparelho.

— Uma TV no quarto pode criar interrupções adicionais para hábitos saudáveis, o que cria um fator agravante para a visualização normal da televisão. O aparelho no quarto, por exemplo, pode estar relacionado a uma menor quantidade de sono e menor prevalência de refeições familiares regulares, características que também se relacionam com o ganho de peso e a obesidade — argumenta.

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