Kindle Fire HD: Novo tablet da Amazon tem tela de 8,9 polegadas - Divulgação
“Queremos ganhar dinheiro quando as pessoas usam nossos aparelhos, não quando elas os compram” - Jeff Bezos, CEO da Amazon
Há cerca de dez dias, a Amazon deu início a uma jogada tão ousada quanto interessante. Em um evento na cidade de Santa Mônica, na Califórnia, apresentou um tablet com dimensões semelhantes às do iPad, líder do segmento. O Kindle Fire HD, aparelho da gigante americana do varejo, é, do ponto de vista técnico, ligeiramente inferior ao produto da Apple: menor capacidade de processamento, menor resolução de tela, ausência de câmera traseira. Assim mesmo, a Amazon apresenta ao mercado uma real alternativa ao iPad, apoiada em uma estratégia diversa da adotada pela Apple.
Enquanto a empresa criada por Steve Jobs lucra com a venda de cada unidade de iPad, a Amazon aposta em um "oferta casada": dispositivos mais baratos mais imensa variedade de conteúdos – livros, filmes, games e aplicativos. A diferença de preços deverá contar muito a favor da empresa. Afinal, tomados os modelos concorrentes mais baratos das duas marcas, o Kindle Fire HD (tela de 8,9 polegadas, 16 GB, acesso Wi-Fi) sai por 299 dólares, frente aos 499 dólares cobrados pelo iPad (tela de 9,7 polegadas, 16 GB, acesso Wi-Fi). Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon, sintetizou a estratégia da companhia com a família Kindle Fire durante o evento de Santa Mônica: "Queremos ganhar dinheiro quando as pessoas usam nossos aparelhos, não quando elas os compram."
A guerra dos tablets, portanto, é uma disputa de adversários de naturezas e táticas distintas. Competidores como a Apple e a sul-coreana Samsung, que lideram o segmento com 63% e 9% de participação, respectivamente, são fabricantes de hardware e com isso fazem dinheiro. A Apple também ganha com a venda de conteúdo digital via iPad, mas é a Amazon que concentrou seu negócio nessa modalidade. Com ela, fincou pé no mercado. Passado menos de um ano do lançamento do primeiro Kindle Fire, de 7 polegadas, uma evolução dos leitores eletrônicos monocromáticos de livros, já abocanhou 4% do bolo mundial de tablets – que, em 2011, chegou a 60 milhões de unidades, e que, só no primeio trimestre de 2012, já bateu em 20 milhões de aparelhos, de acordo com dados da International Data Corporation (IDC).
Com mais dispositivos confiáveis à disposição, a briga deve se acirrar no campo da oferta de conteúdo. A Amazon oferece a seus clientes 1,3 milhão de livros digitais, 65.000 filmes e séries de TV, 20 milhões de músicas e 600.000 aplicativos, provenientes da loja virtual do Google, a Play Store. A Apple tem 45.000 filmes e séries, 28 milhões de músicas e 725.000 programas. A última contagem disponível da empresa relativa a livros eletrônicos é de 2010. Mas a comparação com o registro da mesma época da Amazon deixa clara a vantagem na Amazon nesse setor: 630.000 obras contra apenas 60.000 da Apple. Continue a ler a reportagem
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