Ulisses Neto
O tricô do estilista brasileiro Lucas Nascimento, que já surpreendeu várias vezes na São Paulo Fashion Week e no Fashion Rio, parece ter conquistado de vez a semana de moda de Londres. Pela terceira temporada consecutiva, as criações do designer de Bonito, no Mato Grosso do Sul, aparecem na programação oficial do evento. Dessa vez, no entanto, a grife recebeu mais espaço e, consequentemente, repercussão ainda maior.
Após o desfile realizado neste domingo (16) no palácio Somerset House, onde ocorre a maioria das apresentações na semana de moda londrina, Lucas Nascimento conversou com o Terra sobre suas criações para a temporada primavera-verão 2013. E falou sobre como sua marca está ficando cada vez mais conceituada tanto no Brasil, quanto na Inglaterra. Terra: A coleção que você apresentou hoje deu uma volta completa em comparação ao conceito do que você apresentou na última temporada, não? Lucas Nascimento: A estação passada era bem urbana, muito mais hard mesmo. Tinha os grafites, por exemplo. Essa estação eu queria trabalhar mais leve, mais suave. A intenção era ficar mesmo a um degrau de diferença do que foi a outra. Ainda tem peças de estrutura mais rígida, mas ao mesmo tempo tem transparências, peças de caimento, saias mais fluidas. Acho que esse foi o começo da coleção. T: E há também uma variação de cores bem interessante para ajudar essa ideia de leveza. LN: Lógico. Tem a palheta de cores que vai do azul-marinho, que é um quase preto, até o branco. Tem também acentos de lilás junto com verde-água, que eu gosto e queria usar para manter mais suave. Por mais que a roupa seja um pouco mais pesada, como nas jaquetas mais rígidas, tem sempre uma transparência e algo mais suave embaixo. T: As suas inovações nas técnicas de tricô também podem ser vistas nessa coleção? LN: Foram várias técnicas utilizadas, na verdade. Trabalhei com uma estampa num tricô super fino, além de uma técnica de degradê em um vestido azul-marinho também. Fiquei bem contente porque foi tudo ótimo. T: E essa movimentação aqui no backstage mostra que a repercussão na Inglaterra está cada vez maior. Qual é o impacto disso no seu trabalho? LN: É muito bom. Claro, adoro o Brasil e todo o trabalho que fiz por lá. Mas como eu já moro em Londres há muito tempo (Lucas está há mais de dez anos na capital britânica, onde estudou em conceituadas escolas de moda), acho que fazia mais sentido mostrar o meu trabalho por aqui. E a repercussão está sendo ótima, graças a deus. Estou bem feliz. T: No final, depois de uma década na Europa, já é possível dizer que as influências no seu trabalho são mais inglesas do que brasileiras? LN: Acho que sim. Mas também é verdade que a influência vem de vários lugares, não só do Brasil ou da Inglaterra. Então, no final, é algo que acaba sendo bem mais geral mesmo. Fonte: Terra (ULISSES NETO, direto de Londres) |
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