EFE
As autoridades da Bahia preparam os últimos detalhes para a homenagem que lembrará os dez anos da morte de Jorge Amado, que será realizada na próxima semana devido à data de aniversário de seu nascimento.
Amado, um dos escritores mais universais, autor de obras que foram traduzidas para 49 idiomas morreu em 6 de agosto de 2001, quatro dias antes de completar 89 anos.
Pela proximidade das duas datas, as autoridades resolveram escolher a do nascimento, que, se o escritor estivesse vivo, completaria 99 anos.
Os atos da próxima quarta-feira marcam o início e apresentação oficial do programa de atividades do Ano Jorge Amado, apesar de que grande parte dos eventos mais significativos serão realizados em 2012, quando for o centenário de seu nascimento, informou à Agência Efe uma fonte da Secretaria de Cultura do Governo da Bahia.
Desde o dia 10 e até fim de 2012, o país lembrará a palavra do escritor que, apaixonado do povo, retratou personagens que permanecem gravadas na memória dos brasileiros, em parte graças às adaptações em cinema e televisão.
A Fundação Casa de Jorge Amado, no bairro colonial de Salvador, será o cenário da apresentação da programação, que inclui exposições, estreias de novas adaptações de sua obra e ciclos de conferências.
Na mesma noite de quarta-feira o escritor moçambicano Mia Couto, oferecerá a conferência "Um Mar Vivo: Como Jorge é Amado na África", em uma sessão que promete esmiuçar uma leitura africana da obra do brasileiro.
A diretora da fundação, Myriam Fraga, considera que Amado, homenageado em 1994 com o Prêmio Camões, o mais destacado em língua portuguesa, deu significado à palavra povo. Para o especialista, o fato de Amado ter morrido sem ter recebido o prêmio Nobel de Literatura foi uma "injustiça" com o escritor, mas também com o Brasil e com a língua portuguesa, que só obteve esse reconhecimento na figura de José Saramago.
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