Folha Online
Há muito a civilização maia vem fascinando pessoas em todo o mundo. Além de templos e construções impressionantes, os maias possuiam um sofisticado calendário que guardava uma previsão: o ano de 2012 marcaria o fim de um ciclo importante.
Fascinado pela civilização maia há mais de 30 anos, o autor Alberto Beuttenmuller decidiu usar a ficção para contar o que sabe sobre a história e os mistérios desse povo. Em "2012- A Profecia Maia", o autor se dedica a revelar a forma de ser e de pensar dos maias, que são tratados como guardiões de segredos perdidos e abandonaram suas cidades sem deixar vestígios.
As duas civilizações maias que floresceram no México estão no romance: a que se desenvolveu em Chiapas e a de Chichen Itzá, que ocupava a Península de Yucatan.
Leia trecho:
*
Viu-se no Egito, como Nefertite e, simultaneamente, na antiga Suméria, vendo apontamentos em pequenas tabuinhas e depois participando de ritual esotérico em Stonehenge. A velocidade dessas imagens era impressionate. Entrava agora em novo turbilhão: o feixe de radiação adentrava a pirâmide de Gisé e percorria toda a estrutura da construção, transubstanciando-se em escrita cuneiforme do rei Gilgamesh, que se tornava Sargão na Pérsia, passava pela Babilônia e entrava no carro de guerra a saudar Menuhotep e Hamurabi. Via agora Abraão e via Creta, tornando-se, de repente, a rainha Hatshepsut, no Vale dos Reis, lutando contra os hititas. Voava para a China e voltava ao Egito para cumprimentar o rei Akenaton e ganhar uma jóia de jade de Ramsés, por serviços prestados ao império.
Discutia com Pitágoras o famoso teorema e Lao Tsé sobre o Tao que nunca lera. Via Buda meditando, mas ele estava em Monte Alban, discutindo com Confúcio e com Platão sobre os destinos da Nova Era.
Chegava a Palenque, vestia roupa cerimonial e ia à coroação de Pacal, o Grande, filho da Senhora Zac Kuk, que o colocara no trono aos doze anos, em 602 d.C. Pacal olhava-a com curiosidade, vivera oitenta anos para cumprir seu destino profético e Palenque fora o lugar em que aportou sua nave. Viera de Valum Chivim, sua terra natal, mas ninguém sabia onde ficava. Como não pudera dizer nos anos 600 que era um alienígena, Pacal resolvera apontar o céu e eleger sua mãe, Senhora Zak Kuk, como descendente direta dos deuses cósmicos.
O turbilhão se acalmara e as imagens sucessivas e rápidas diminuiram de intensidade e começaram a parar pouco a pouco. O furacão de significantes passara a denso nevoeiro, deixando no rosto de VIcky a sensação leve de brisa em tempo fugidio. Aos poucos a jovem mulher
foi-se inteirando de seu corpo, antes tenso, ora retomando a languidez, a sensualidade erótica se esparramando pelas dobras da pele, das coxas, das frinchas de seu corpo. Vicky se sentia estuprada pela história humana. Uma história de sangue e dor tecida pela morte.
*
"2012- A Profecia Maia"
Autor: Alberto Beuttenmuller
Editora: Editora Ground
Páginas: 320
Quanto: R$ 32,00
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário