Osmar Portilho
No quartel general da Arsenal Music, o estúdio Midas, bandas "concorrentes" se esbarram nos corredores. Enquanto integrantes do NX Zero se reúnem para falar de sua nova turnê em uma sala, os gaúchos do Fresno ouvem as canções de Revanche, seu novo álbum, previsto para ser lançado no segundo semestre do ano, logo após a Copa do Mundo, período de agenda vazia para as bandas. "Só se a gente fizesse a capa do CD com a camisa do Brasil", brincou o guitarrista Vavo.
Aproveitando o assunto de futebol, se compararmos a carreira da banda gaúcha com uma competição, o ano de 2009 significou a vitória na Copa para os roqueiros. Grandes vitoriosos no VMB e no Prêmio Multishow, o Fresno trabalhou bastante em cima do disco Redenção e consolidou-se no topo. De acordo com o vocalista Lucas, as canções de Revanche já refletem um outro momento da banda. "Foi um disco que a gente fez famoso, é uma vida diferente. Talvez tenha sido um momento de introspecção e auto-análise", explicou.
Com o primeiro single engatilhado para maio e aguardando o fim da Copa para poder divulgar propriamente o lançamento, o novo álbum dos gaúchos sai no meio de outro movimento, apelidado como "rock colorido", liderado por grupos como Cine e Restart. "Acho que não é nem ser político. Tem que ter espaço pra todo mundo mesmo. Eu não ouço, mas não preciso chegar no Twitter e falar que odeio. Algumas pessoas culpam os grupos que estão no momento pelo seu não-sucesso", contou Tavares.
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