Profissionais das áreas de transporte e engenharia de trânsito, especialistas em mobilidade urbana, representantes de entidades e pessoas da comunidade interessadas em apresentar sugestões para a proposta final do PDTMU (Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana) terão espaço aberto para discussões durante audiência pública que acontece na próxima quarta-feira, (22.07). O encontro acontecerá no auditório do Sebrae-MS (avenida Mato Grosso, 1.661), a partir das 19 horas.
O debate promovido pela prefeitura, por meio do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) trará como temas as intervenções no transporte público e circulação, mobilidade urbana, acessibilidade (padronização e adequação de calçadas para idosos e deficientes), por exemplo), melhoria e modernização do transporte coletivo, corredores de ônibus, novos meios de transporte e intermodalidade de meios de locomoção. Entre as ações a serem apresentadas para um novo modelo de mobilidade urbana estão ações como a criação e interligação de ciclovias, requalificação urbanística e da malha viária com revitalização, construção e integração de vias.
Previsto no Plano Diretor de Campo Grande, segundo a diretora-presidente do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), Marta Lúcia da Silva Martinez, o PDTMU parte da premissa de que o município deve incorporar a ideia de que a mobilidade urbana é centrada nas pessoas e não somente nos veículos prevendo a articulação entre as áreas de transporte, trânsito e acessibilidade. “Por isso, o PDTMU prevê diretrizes que priorizam o direito de ir e vir do cidadão, com rapidez e segurança”, afirma a diretora do Planurb.
O documento em sua proposta final é formado por indicadores que sugerem a integração entre diversas modalidades de transportes (ônibus, bicicleta e carro) em regiões que deverão passar por requalificação viária, como a avenida Júlio de Castilho e Bandeirantes. Consta ainda do Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana a implementação do conceito de acessibilidade ao espaço público o que inclui a preocupação com a mobilidade de idosos, pessoas com deficiências ou restrição de mobilidade.
Para chegar ao estágio atual do Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana, a Prefeitura, por meio de um grupo técnico coordenado pelo Planurb e Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), promoveu diversos momentos de discussões com a população. Iniciado em junho de 2007, o trabalho está sendo elaborado pela consultoria da empresa especializada Logitrans (Logística Engenharia e Transportes).
Prioridade para o pedestre
Entre as questões propostas e recomendadas no Plano de Transporte e Mobilidade Urbana destacam-se aquelas que priorizam o pedestre, principalmente na região central da cidade, como exemplo o investimento em calçadas, calçadões e áreas úteis para passeio. Nas discussões, foram apresentadas sugestões para diminuir o número de carros e motocicletas nas vias públicas a partir da revisão do desenho urbano da malha viária, a implantação de ciclovias e a priorização do transporte público coletivo com a ampliação e melhoria da qualidade deste tipo de serviço.
A política de mobilidade urbana integrada à lei de uso do solo e de desenvolvimento urbano é outro item que levou especialistas e comunidade a discutir a descentralização dos empregos da região central da cidade. Esse aspecto visa atender a população que reside fora do centro, permitindo a ela o acesso ao comércio e serviços na própria região onde mora. Essa é uma política que já está sendo colocada em prática com os pólos empresariais nas regiões norte e oeste de Campo Grande, o que tem contribuído para diminuir os custos sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e bens na cidade. O próximo pólo empresarial será implantado na região sul.
Transporte coletivo
Atualmente, o sistema de transporte de passageiros de Campo Grande é composto por 156 linhas operadas por cinco empresas particulares em regime de concessão. O sistema transporta - utilizando-se de uma frota de 535 veículos - uma média de 230 mil passageiros/dia. Para implantar uma rede de transporte público que seja atrativa, o PDTMU recomenda a melhoria da oferta do serviço com ampliação da frota, a criação de novos pontos de integração, a redução do tempo de viagem com a implantação de 12 corredores exclusivos para ônibus e a modernização das plataformas de embarque e desembarque de passageiros nesses corredores.
De acordo com as sugestões previstas no PDTMU, os corredores exclusivos para os ônibus poderiam ser implantados em trechos das seguintes vias:
– Avenida Costa e Silva;
– Avenida Marechal Deodoro;
– Avenida Afonso Pena;
– Rua Coronel Antonino;
– Avenida Mascarenhas de Moraes;
– Avenida Bandeirantes;
– Rua Brilhante;
– Avenida Calógeras;
– Rua Bahia;
– Rua 25 de Dezembro;
– Rua Rui Barbosa;
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terça-feira, 21 de julho de 2009
Audiência debate Plano Diretor de Transporte e Mobilidade
Denilson Secreta
Entre as propostas está a interligação de ciclovias da Capital
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