sábado, 14 de fevereiro de 2009

Perdido pra Cachorro'

A Disney lança em território nacional nesta sexta-feira Perdido pra Cachorro, glorificação aos cães da raça chihuahua, que viraram moda entre as patricinhas dos Estados Unidos. Voltado para a família, a comédia do diretor Raja Gosnell ficou em primeiro lugar nas bilheterias americanas por duas semanas consecutivas e é lançado no País num período em que provavelmente será ofuscado por outras produções de peso como O Lutador e Coraline e o Mundo Secreto, que estréiam no mesmo dia. Ainda assim, vale a pena dar uma olhada na cômica história da cadelinha Chloe (voz de Drew Barrymore), que se perde no México após uma viagem inesperada.


A despeito das críticas negativas que o filme recebeu, olhar essa produção com tanta seriedade é um exagero. Perdido pra Cachorro é simples e divertido, pecando apenas por manter os clichês dos países sul-americanos - aqui representado pelo México.

A mimada cadela Chloe é a coisa mais importante da vida de uma empresária de cosméticos (Jamie Lee Curtis). Com uma agenda digna de uma socialite, Chloe passa o dia tomando sol na piscina, se alimentando de especialidades de cozinheiros e recebendo visitas de outros cães do bairro. Ela só se veste com roupas de grife e tem até um perfume favorito: o Chanel nº 5.

Depois que sua dona resolve ir a uma viagem a trabalho, Chloe é deixada sob os cuidados de Rachel, patricinha que só pensa em sair com as amigas e detesta o fato de ter que dar mais atenção à cadela do que a si mesma. Em uma atitude impulsiva, Rachel leva Chloe para uma noitada na fronteira do México, mas acaba a perdendo quando a cachorrinha fica entediada e resolve passear do lado de fora do hotel.

No caminho, Chloe é seqüestrada, pára numa rinha de cães por dinheiro, foge, perde seus acessórios de luxo e enfrenta a dura realidade de ter que interagir com cães abandonados e comer comida da rua. O destemido pastor alemão Delgado (voz de Andy Garcia) - que guarda um passado misterioso - parece ser o único capaz de ajudá-la a voltar para casa. No caminho, é claro, muita confusão espera essa dupla.

Embora o filme seja cheio de clichês, ressaltados com o uso de alguns personagens "chave" que são essenciais na resolução da história - como os trapaceiros que se regeneram e salvam a mocinha no final -, Perdido pra Cachorro se sai melhor do que muitas outras produções do gênero, especialmente por não apelar para o sentimentalismo dos espectadores com tragédias banais.

A jornada de "volta para casa" tem várias vertentes e faz referência ainda a uma antiga lenda que diz que os chihuahuas eram os cachorros da civilização asteca, rendendo um dos momentos mais engraçados do longa.

Danilo Saraiva

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