domingo, 7 de dezembro de 2025

Operação recupera caminhão no Paraguai após sequestro prolongado de motorista

 

                                           Campo Grande News



O caminhão Volvo azul, ano 2022, roubado em Guarulhos (SP) após o motorista ser mantido refém por cerca de 27 horas, foi localizado na manhã deste sábado (6) na colônia 204, na região de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. A recuperação foi feita pela seguradora, com apoio da Polícia Nacional paraguaia.


A localização aconteceu poucas horas depois da divulgação do trajeto do veículo até o Paraguai. A proprietária do caminhão, que mora em Mato Grosso, acredita que a repercussão do caso tenha acelerado o descarte do veículo por parte dos criminosos.


O caminhão foi encontrado sem o eixo, sem o saião e com o painel completamente violado, indicando retirada de peças. A suspeita é de que os criminosos tentavam localizar e eliminar o rastreador.


De acordo com as apurações, o veículo atravessou a fronteira sem qualquer barreira operacional. O sinal do rastreador indicou deslocamento até Pedro Juan Caballero, antes de ser interrompido. A entrada no Paraguai teria ocorrido pela região de Amambai, no fim da tarde de quinta-feira (5). A Polícia Rodoviária Federal informou que não havia sido notificada sobre o roubo.


O motorista contou à Polícia Civil que caiu em um golpe de frete falso. Ele foi rendido ao chegar ao endereço combinado, em Guarulhos, e levado por criminosos identificados apenas como “Isac”, “Bigodinho” e “Bob”. Durante o período em que esteve refém, foi obrigado a tranquilizar os donos do caminhão, enquanto o veículo era levado.


Após quase 30 horas, o motorista foi libertado nas proximidades da Rodovia Fernão Dias, sem apresentar ferimentos. O caso segue sob investigação.

Zenit vence por 1 a 0 e é campeão do maior torneio amador do Estado

 

                                             Foto:Marcos Maluf/ Campo Grande News


A 4ª edição da Copa Campo Grande de Futebol Amador chegou ao fim neste sábado (6), com vitória do Zenit por 1 a 0 sobre o Estrela Auto Peças. A final foi disputada no Estádio Ramão Pereira, no bairro Estrela do Sul, às 15h, e encerrou três meses de competição que reuniram 57 equipes da Capital e do interior do Estado. As informações são do site Campo Grande News.


Organizado pela Funesp (Fundação Municipal de Esportes), o torneio integrou a programação oficial de aniversário de 126 anos de Campo Grande e se consolidou como o maior evento de futebol amador de Mato Grosso do Sul. Ao longo da competição, diversos campos da cidade foram utilizados, ampliando o alcance esportivo nos bairros.


A premiação total somou R$ 36 mil, sendo R$ 20 mil para o campeão, R$ 10 mil para o vice e R$ 6 mil para o terceiro colocado. A edição também reforçou o crescimento da participação de atletas adultos em busca de espaço competitivo e manutenção da rotina esportiva.


O diretor de Desenvolvimento de Esporte e Lazer da Funesp, Rafael Presotto, destacou o impacto positivo do torneio. “Foram 57 equipes, e hoje a Copa Campo Grande é o maior evento de futebol do Estado. A participação foi expressiva e cumpriu o objetivo de fortalecer o esporte amador”, afirmou.


Representando o interior, o ABC Camapuã garantiu a terceira colocação na disputa. O capitão da equipe, Rodrigo Montagna, destacou o esforço logístico ao longo da campanha. “Foram viagens de quase duas horas para cada jogo. A estrada sempre traz imprevistos, mas conseguimos chegar até aqui”, explicou.


Rodrigo também comentou que a equipe terminou em terceiro lugar por W.O., situação que, segundo ele, reflete o acúmulo de competições no fim do ano. “Muitos times disputam vários campeonatos ao mesmo tempo, e as datas acabam coincidindo. Mesmo assim, vamos comemorar”, finalizou.


Queniano vence 21k em Bonito; atleta de Campo Grande chega em 1º no feminino

 

                                           Dismas Nyabira Okioma, de 23 anos, chegou mais de dois minutos à frente do segundo colocado - Daiany Albuquerque


O queniano Dismas Nyabira Okioma, de 23 anos, foi o grande vencedor da prova de meia maratona da Bonito21k, que este ano está em sua 11ª edição e que aconteceu neste sábado, na capital do ecoturismo de Mato Grosso do Sul. O atleta foi o primeiro de seu país a competir em Bonito e não deu chances aos brasileiros. Pelo feminino a vitoriosa foi Kleidiane Barbosa Jardim, 37 anos.


Ele fez o tempo de 1h09m35s e foi assessorado pela Acorp, de Campo Grande. O segundo colocado foi o tetracampeão Glenison Gilbert de Carvalho, que fez o tempo de 1h12m02s e também é atleta da Acorp.


Perguntado sobre como se sentiu correndo a prova de Bonito, Dismas afirmou que ficou “feliz” com seu desempenho. “Eu treino pensando em vencer”, afirmou após a prova, que ocorreu sob muito calor, mais de 30ºC. 


Conforme o secretário-geral da Acorp, José Roberto Jacques, o corredor do Quênia veio no Brasil neste final de ano para várias provas, em um parceria entre a Confederação Brasileira de Atletismo e a Federação do Quênia.



“Ele treina e Nairobi no Quênia e já participou da corrida G+ e ficou em primeiro, também foi primeiro lugar na meia maratona de Curitiba no último fim de semana e a próxima é a São Silvestre. Ele vai participar da elite na São Silvestre da Corrida de Reis, em Cuiabá e retorna para o Quênia dia 22 de janeiro”, explicou.


Segundo colocado na prova após vencer quatro anos seguidos, Glenison afirmou que gostou do percurso e que ficou feliz pelo colega de equipe.


“O percurso foi muito bom, agradou a todos. Estou muito feliz, sou muito amigo do Dismas, a gente é amigo de treino, fico feliz pela vitória dele e por chegar em segundo lugar”, declarou o atleta.


FEMININO

Moradora de Campo Grande, Kleidiane Barbosa fez a prova em 1h23m18s, o menor tempo já registrado na prova para o feminino, apesar disso, não é considerado recorde da prova porque este ano houve mudanças no percurso.


A vencedora, apesar de morar em MS, contou que esta foi a primeira vez que ela esteve na prova. Segundo ela, nos anos anteriores, apesar de ser casada com o tetracampeão da prova, ela correu em outros locais e não conseguia conciliar a agenda.


“Foi a primeira vez. Quis correr aqui porque o presidente da nossa equipe é daqui da cidade e ele tem um carinho muito grande pela prova e também por estar na cidade. O Glenisom, que foi o segundo colocado e é tetracampeão é meu esposo, mas eu corria em Belo Horizonte, na Volta da Panpulha e esse ano resolvi vir para cá”, contou a vencedora.


PERCURSO 

Este ano a prova ainda bateu recorde de inscritos, com 2.870 atletas confirmados nos percursos de cinco quilômetros, 10 km e meia maratona.


“A gente está bem feliz que a gente está com recorde de público. A gente inaugurou um percurso novo que foi super elogiado e a prova está fazendo 11 anos. Uma das intenções de fazer a prova em Bonito era trazer o fluxo turístico e ver a cidade lotada e realmente deixou nosso coração cheio, porque a missão foi cumprida e a gente veio esse ano com mais uma chancela, que é trazer uma marca nacional como patrocinadora da prova, que aumenta a nossa visibilidade no mercado nacional e internacional. Então, para a gente que tem um destino turístico, a gente fica feliz”, afirmou Kassilene Cardadeiro, organizadora da prova.


Como afirmou a organizadora, este ano a prova foi uma das escolhidas pela Olympikus Brasil para integrar a lista de 50 provas que a marca selecionou pelo País para comemorar seus 50 anos. Segundo Ana Carolina Neujahr, gerente de comunicação marca, a escolha da Bonito21k ocorreu por ser uma prova que alia o desafio do percurso com as belezas naturais da cidade.


“Para a Olympikus foi um prazer vim aqui para Bonito, vir no Mato Grosso do Sul, que é tão especial para o Brasil, que tem um lugar icônico que é o Pantanal e para a Olympikus ter escolhido esse lugar é por ser uma das provas que a gente chama de prova para correr com os olhos, que são as provas para a gente correr e aproveitar, claro se desafiar também, mas poder de fato olhar toda essa paisagem linda que o Brasil tem a oferecer”, declarou a porta-voz da marca.


Vencedores da prova:


Primeiros colocados 5 km masculino

1 - Claiton Dineire da Silva, 22 anos, tempo 16:50

2 - Luiz Gustavo Santos das Virgens, tempo 16:55

3 - Pedro Froes, tempo 17:05 


Primeiros colocados 5 km feminino

1 - Ana Diniz (bicampeã), 29 anos, tempo 20:27

2 - Therezinha Inajossa Santos, tempo 20:57

3 - Roberta de Lima Medina, tempo 22:15


Primeiros colocados 10 km masculino

1 - Fabiano da Silva Pereira, 34 anos, tempo 35:37

2 - Caio Fabricius Souza Pompeu, anos, tempo 36:19

3 - Moisés Rodrigues Rios, tempo 37:00


Primeiros colocados 10 km feminino

1 - Ana Claudia Panta da Silva, 43 anos, tempo 44:45

2 - Lidiany Nunes, tempo 45:43

3 - Winnie Furtado Silva, tempo 46:21


Primeiros colocados 21 km masculino

1 - Dismas Nyabira Okioma, 23 anos, tempo 1:09:35 

2 - Glenison Gilbert de Carvalho, tempo 1:12:02

3 - Leonardo Moraes da Silva Messias, tempo 1:12:34

4 - Rodrigo Santana, tempo 1:14:25

5 - Ronaldo Rodrigues da Silva, trmpo 1:15:55 


Primeiros colocados 21 km feminino

1 - Kleidiane Barbosa Jardim, 37 anos, tempo 1:23:18

2 - Évelin Lima Eich Ribeiro, tempo 1:29:41

3 - Elaine Signorini, tempo 1:34:26 

4 - Andreia Rocha, tempo 1:34:58

5 - Adriely Barbosa de Oliveira, tempo 1:36:09


DAIANY ALBUQUERQUE

Portal Correio do Estado



Rodrigo Caetano vê horários favoráveis para o Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo

 

                                            FOTO: @rafaelribeirorio / CBF


Rodrigo Caetano, coordenador das seleções masculinas da CBF, afirmou neste sábado que os horários das partidas do Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo de 2026 atendem às expectativas da entidade.


A Seleção estreia contra Marrocos em 13 de junho, às 19h (de Brasília), em Nova Iorque. Depois, encara o Haiti no dia 19, na Filadélfia, às 22h. O encerramento da fase de grupos será em 24 de junho, diante da Escócia, às 19h, em Miami. Segundo o dirigente, o fato de os jogos ocorrerem no fim da tarde ou à noite favorece a equipe, por oferecer temperaturas mais amenas no verão do hemisfério norte.


“Em relação aos horários, no nosso entendimento, nos atenderam, porque serão dois jogos no final da tarde, aqui nos Estados Unidos, uma temperatura mais amena, e um à noite. Então, aquela nossa preocupação em relação à temperatura já diminuiu bastante”, explicou Caetano.


O coordenador acrescentou que, a partir deste domingo, a CBF retomará visitas a hotéis e centros de treinamento já previamente avaliados, com o objetivo de definir cinco opções prioritárias que serão enviadas à Fifa até o dia 9.


A entidade internacional anunciará no dia 14 a cidade, o hotel e o centro de treinamentos que receberão a delegação brasileira. Como os três jogos da fase de grupos serão disputados na costa leste, a tendência é que a Seleção permaneça concentrada na própria região.


“A gente vai fazer um trabalho muito técnico, elencando todos os critérios que são importantes para a nossa Seleção e para a melhor tomada de decisão nesses três jogos em Nova Iorque, Filadélfia e Miami”, completou.


VEJA TAMBÉM: Tabela da Copa do Mundo 2026: veja data, horário e local dos jogos do Brasil


Avaliação dos adversários

Rodrigo Caetano também comentou sobre os adversários do Brasil na fase de grupos. Segundo o coordenador, a meta da Seleção é avançar em primeiro lugar, mas isso exige respeito absoluto a todas as equipes do grupo.


“Em relação aos adversários, temos o maior respeito por todos. É nossa responsabilidade e intenção buscar a classificação em primeiro lugar”, afirmou.


Na sequência, ele detalhou a análise de cada seleção:


Marrocos

“O primeiro jogo apresenta um grau de dificuldade maior, pelo histórico recente de Marrocos, semifinalista da última Copa e atual campeão mundial sub-20. Isso diz muito sobre o momento da seleção marroquina e do futebol do país”, destacou.


Escócia

“A Escócia sempre impôs dificuldades ao Brasil. É uma equipe que se defende bem e pratica um jogo muito físico”, avaliou.


Haiti

“E há o Haiti, que ainda é uma incógnita, mas que eliminou a Costa Rica nas Eliminatórias da Concacaf, o que demonstra que não chegaram até aqui por acaso”, completou.


Por Redação

Com time alternativo, Flamengo empata com o Mirassol pelo Brasileirão

 

                                            Foto: CAIQUE COUFAL/FLAMENGO


O Mirassol recebeu o Flamengo pela última rodada do Campeonato Brasileiro, na noite deste sábado. A partida no Maião terminou com o placar de 3 a 3. Chico Kim, Alesson e Cristian marcaram para a equipe da casa, enquanto Douglas Telles e Guilherme Gomes (2) fizeram os gols rubro-negros.


Com o título decidido em favor do Rubro-Negro e o quarto lugar e a vaga na Libertadores garantidos para o Mirassol, o confronto foi aberto e bastante disputado. Atuando com uma equipe em sua maioria formada por jovens da base, o Fla não se intimidou diante da sensação do Campeonato.


Situação da tabela

Com o resultado, o Flamengo fechou a competição na primeira posição com 79  pontos ganhos, enquanto o Mirassol ficou com o quarto lugar da tabela, com 67 somados. 


📋 Resumo do jogo

🟡MIRASSOL 3 X 3 FLAMENGO🔴


🏆 Competição: 38ª rodada do Campeonato Brasileiro

🏟️ Local: Estádio Campos Maia, em Mirassol

📅 Data: 6 de dezembro de 2025 (sábado)

⏰ Horário: 18h30 (de Brasília)

🟨 Cartões Amarelos: José Aldo (Mirassol)


Arbitragem

Árbitro: Lucas Casagrande (PR)

Assistentes: Naílton Júnior de Sousa Oliveira (CE) e Andrey Luiz de Freitas (PR)

VAR: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (RN)


Gols

⚽ Douglas Telles, aos 7' do 1ºT (Flamengo)

⚽ Chico Kim, aos 12' do 1ºT (Mirassol)

⚽ Guilherme Gomes, aos 30' do 1ºT (Flamengo)

⚽ Alesson, aos 40' do 1ºT (Mirassol)

⚽ Guilherme Gomes, aos 13' do 2ºT (Flamengo)

⚽ Cristian, aos 19' do 2ºT (Mirassol)


MIRASSOL


Walter, Lucas Ramon, João Victor, Jemmes e Felipe Jonatan; Danielzinho (José Aldo), Neto Moura e Chico Kim (Guilherme Marques); Negueba, Renato Marques (Cristian) e Alesson (Carlos Eduardo)

Técnico: Rafael Guanaes


FLAMENGO


Dyogo Alves, Daniel Sales (Wandreson), Iago, João Victor e Johnny; Pablo Lúcio (Lucas Vieira), Evertton Araújo e Guilherme Gomes (Joshua); Douglas Telles (João Camargo), Wallace Yan e Michael

Técnico: Bruno Pivetti (Interino)


Como foi o jogo

O confronto no Maião começou equilibrado, mas logo ficou claro que , mesmo com uma equipe de jovens, o Flamengo iria dar trabalho ao Mirassol. Trocando passes em velocidade, o Rubro-Negro abriu o placar com sete minutos de bola rolando. Daniel Sales recebeu na direita e levantou na área. Guilherme Gomes acertou a trave direita e, no rebote, Douglas Telles bateu no canto e fez 1 a 0.


Dois minutos depois, Michael perdeu a chance de ampliar ao desperdiçar cara a cara com Walter. O Mirassol, por sua vez, buscou pressionar e chegou ao empate aos 12 minutos. Após bela trama pela esquerda, Felipe Jonathan entra na área e toca de calcanhar para Chico Kim finalizar no ângulo.


Com o empate, o Leão Caipira passou a controlar a posse de bola e a construir boas tramas ofensivas. A melhora do Mirassol, porém, não impediu o Fla de chegar ao segundo gol. Jhonny avançou pela esquerda e tocou para Guilherme Gomes, na entrada da área. O meia dominou, foi em direção à meia lua e soltou uma bomba no ângulo oposto. A bola bateu no travessão e entrou, aos 30 minutos.


O jogo seguiu aberto e novamente o Mirassol chegou ao empate. Aos 40, Chico Kim recebeu livre na esquerda, foi ao fundo e cruzou por baixo. Alesson recebeu livre no meio da área e bateu forte para o fundo da rede. O segundo tempo começou com as duas equipes buscando a vantagem no placar. O jogo seguia franco e em velocidade e mais uma vez o Fla ficou na frente. Aos 13, Douglas Telles cruzou da direita, Wallace Yan cabeceou para o meio e Walter cortou. No rebote, Guilherme Gomes tocou para o barbante.


O roteiro, entretanto, se repetiu e o Fla não teve muito tempo para comemorar. Aos 19, o Mirassol roubou a bola no meio e Carlos Eduardo foi lançado na esquerda da área. O atacante cortou para o meio e bateu em gol. Dyogo Alves defendeu, mas deu rebote e Cristian finalizou para o gol. Após muitas substituições, o Flamengo se desarticulou e foi muito pressionado nos últimos 15 minutos do jogo


.Por Gazeta Press

Índice global de alimentos cai em novembro

 

                                               Foto: Pixabay


O Índice de Preços de Cereais avançou 1,8% no mês para 105,5 pontos

O Índice de Preços dos Alimentos da FAO recuou pelo terceiro mês consecutivo e atingiu 125 pontos em novembro, queda de 1,2% ante outubro. No comparativo anual, o indicador ficou 2,1% abaixo de novembro de 2024 e permanece 21,9% distante do pico de março de 2022. A redução foi puxada por baixas nos segmentos de laticínios, carnes, açúcar e óleos vegetais, contrariando a alta registrada nos cereais.


O Índice de Preços de Cereais avançou 1,8% no mês para 105,5 pontos, embora ainda 5,3% inferior ao de um ano antes. O trigo subiu 2,5%, sustentado por possíveis compras da China nos Estados Unidos, por incertezas logísticas no Mar Negro e por expectativas de redução de área na Rússia. Milho, cevada e sorgo também registraram alta, influenciados por demanda firme por produto brasileiro e por atrasos no campo devido às chuvas em Argentina e Brasil. O arroz foi exceção, com queda de 1,5%, reflexo da boa colheita no Hemisfério Norte e da demanda fraca de importação.


Entre os óleos vegetais, o índice caiu 2,6% e atingiu o menor nível em cinco meses, refletindo recuos de palma, canola e girassol, compensando a leve alta do óleo de soja, apoiado pelo uso crescente no biodiesel no Brasil. No grupo das carnes, a queda foi de 0,8%, influenciada pela desvalorização de suínos e aves, enquanto bovinos ficaram estáveis e ovinos subiram. Laticínios recuaram 3,1% e completaram cinco meses de queda. O açúcar apresentou o movimento mais intenso, com baixa de 5,9% em novembro e de 30% em relação ao ano anterior, marcando o menor patamar desde dezembro de 2020.


Demanda firme sustenta transporte de grãos nos EUA

 

                                             Foto: Foto: Portos RS


O carregamento de vagões manteve-se em patamar elevado

A demanda pelo transporte de grãos nos Estados Unidos manteve ritmo firme ao longo de 2025, com volumes de barcaças e vagões acima da média recente. Dados do relatório de 4 de dezembro apontam que a movimentação ferroviária de grãos Classe 1 superou a média dos três anos anteriores, refletindo um fluxo consistente das cargas pelo país.


O carregamento de vagões manteve-se em patamar elevado durante grande parte do ano. Nas últimas doze semanas, o volume ficou 9% acima da média, acompanhado por melhora nos indicadores de serviço. A velocidade dos trens, segundo a autoridade responsável, superou em 3% a referência das mesmas semanas, reforçando a eficiência do transporte terrestre.


A ausência da China no mercado de soja em outubro reduziu a pressão sobre o mercado secundário de trens. No ano passado, viagens de uma das principais operadoras custavam em média 1.280 dólares por vagão, enquanto em outubro deste ano o valor médio caiu para cerca de 680 dólares por vagão.


No transporte fluvial, o total de grãos enviado por barcaças no acumulado do ano cresceu 13%, alcançando 29,7 milhões de toneladas, resultado 10% acima da média. Os embarques de soja e trigo ficaram abaixo do esperado, mas a demanda pode reagir caso se confirmem compras recentes da China.


A atividade de carregamento de navios no Golfo do México e no Noroeste do Pacífico manteve estabilidade. No Golfo, a média semanal foi de 28 navios até 28 de novembro, ante 27 no mesmo período do ano anterior. No Noroeste do Pacífico, a média de treze embarcações permaneceu inalterada. Segundo o relatório, a suspensão temporária de tarifas entre Estados Unidos e China tende a favorecer o comércio, embora possa elevar custos do frete marítimo.


sábado, 6 de dezembro de 2025

Veja locais e horários dos jogos do Brasil na Copa do Mundo 2026

 

                                             Foto: Rafael Ribeiro



A Seleção Brasileira já conhece o caminho que percorrerá na fase de grupos da Copa do Mundo de 2026. A estreia será no dia 13 de junho, contra Marrocos, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, às 19h (horário de Brasília). Será o primeiro passo do time comandado por Carlo Ancelotti na busca pelo hexacampeonato.


Na segunda rodada, o Brasil volta a campo no dia 19 de junho, quando encara o Haiti no Lincoln Financial Field, na Filadélfia, às 22h (horário de Brasília). Já o encerramento da primeira fase está marcado para o dia 24 de junho, contra a Escócia, no Hard Rock Stadium, em Miami, também às 19h (horário de Brasília).


Caso avance aos 16 avos de final, a seleção enfrentará um adversário vindo do Grupo F, composto por Holanda, Japão, Tunísia e o representante da Europa B — que sairá de Ucrânia, Suécia, Albânia ou Polônia. A partida decisiva será disputada no dia 29 de junho. Se terminar a fase de grupos na liderança, o Brasil jogará em Houston; se avançar em segundo lugar, atuará em Monterrey.


A tabela completa da competição foi anunciada na tarde deste sábado (6), em evento comandado pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, com a presença dos ex-jogadores Ronaldo, Totti, Stoichkov e Lalas. A cerimônia ocorreu no Hilton Capital Hotel, em Washington, nos Estados Unidos.


A Copa do Mundo de 2026 será disputada entre 11 de junho e 19 de julho, em 16 cidades-sede distribuídas entre México, Estados Unidos e Canadá. Os grupos foram definidos na sexta-feira (5), em sorteio realizado no Kennedy Center, também em Washington.


Com 48 seleções e 104 partidas, esta será a maior Copa já realizada. O jogo de abertura, entre México e África do Sul, acontecerá no dia 11 de junho, no tradicional Estádio Azteca, na Cidade do México. A grande final está marcada para 19 de julho de 2026, novamente no MetLife Stadium, em Nova Jersey, palco que também recebe a estreia do Brasil.

Centrão mantém preferência por Tarcísio, e ala vê possibilidade de Flávio não manter candidatura

 

                                          O senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em entrevista após visita a Jair Bolsonaro (PL), em setembro


  • Políticos avaliam que candidatura possa ser blefe da família Bolsonaro para tentar controlar situação

  • Governador de Goiás diz que respeita decisão de ex-presidente, e Zema diz 'fazer sentido' pré-candidatura do senador


Dirigentes e líderes de partidos do centrão mantêm a preferência por Tarcísio de Freitas (Republicanos) como candidato à Presidência mesmo após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ter anunciado, nesta sexta-feira (5), que o pai o escolheu como sucessor para 2026.


Para eles, o governador de São Paulo teria mais chance de ganhar a corrida ao Palácio do Planalto.


A avaliação de políticos consultados pela reportagem é a de que eventual candidatura de Tarcísio poderia unir PL, PP, Republicanos, União Brasil e PSD na disputa contra a reeleição de Lula (PT), enquanto Flávio não deve conseguir costura semelhante.


Caso o filho mais velho de Bolsonaro concorra ao Palácio do Planalto, o cenário desenhado pelo centrão é de pulverização de candidatos na direita —hoje são mencionados como pré-candidatos os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR).


De forma reservada, um dirigente do grupo afirma que dificilmente Flávio vai conseguir o apoio de todos os partidos. Ele acrescenta que as pesquisas indicam que Tarcísio teria maior vantagem eleitoral do que um dos membros da família Bolsonaro, que carregam maior rejeição.


Aliados do governador dizem que ele resiste a concorrer ao Planalto num cenário de competitividade de Lula e de brigas no campo bolsonarista, principalmente no clã do ex-presidente. Ele só toparia a disputa, dizem, se houvesse uma unidade.


Parte dos políticos reagiu com ceticismo à escolha do senador, classificando o anúncio como estratégia para manter a relevância política e a militância coesa agora que Bolsonaro cumpre pena em regime fechado por tentativa de golpe de Estado, além de estar inelegível desde 2023.


Segundo essa leitura, Flávio não manteria sua candidatura até o fim. O mandato do senador acaba em 2026.


Além disso, a escolha a mais de seis meses do período de registro dos candidatos em 2026 poderia contribuir para a exposição do senador, suscetível a ataques dos adversários.


Em 2021, o STF (Supremo Tribunal Federal) anulou as provas do caso da rachadinha, que implicou Flávio e Fabrício Queiroz, acusado de ser o operador do esquema no gabinete do então deputado estadual.


Como mostrou a Folha, congressistas de direita e aliados de Flávio afirmam que a prisão de Bolsonaro fez com que o filho entrasse na mira do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A vigília convocada pelo "filho 01" foi mencionada pelo ministro da corte na ordem de prisão ao ex-presidente.



Sem citar Flávio ou Tarcísio, Antônio Rueda, presidente da federação que reúne as duas principais siglas do centrão, União Brasil e PP, criticou a polarização, indicando que a escolha de alguém da família Bolsonaro poderia acirrar o confronto e prejudicar a tentativa de unificação.


"Os últimos acontecimentos apenas reforçam o que sempre defendemos: em 2026, não será a polarização que construirá o futuro, mas a capacidade de unir forças em torno de um projeto sério, responsável e voltado para os reais interesses do povo brasileiro", disse


O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, declarou que respeita a decisão de Bolsonaro, mas reafirmou que sua pré-candidatura à Presidência está mantida.


"Ele tem o direito de buscar viabilizar a candidatura do senador Flávio Bolsonaro. Da minha parte, sigo pré-candidato a presidente e estou convicto de que no próximo ano vamos tirar o PT do poder e devolver o Brasil aos brasileiros", afirmou.


Romeu Zema, governador de Minas, afirmou fazer sentido a pré-candidatura do senador. "Quando anunciei minha pré-candidatura ao presidente Bolsonaro ele foi claro: múltiplas candidaturas no primeiro turno ajudam a somar forças no segundo. Então, faz todo sentido o Flávio apresentar seu nome à Presidência. É justo e democrático", disse nas redes sociais.


A comemoração em torno da candidatura de Flávio ficou restrita aos aliados mais próximos do bolsonarismo, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), amiga do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).


"Eu seguirei a decisão tomada pelo presidente Bolsonaro, seja ela qual for. Eu, em especial, gosto muito do Flávio. É meu amigo querido", afirmou à reportagem a ex-ministra.


Na mesma linha, o secretário-geral do PL, senador Rogério Marinho (RN), disse que a candidatura de Flávio foi "orientada" por Bolsonaro.


"Estaremos juntos na construção de um projeto que represente os valores do povo brasileiro que ama nossa bandeira, sintetizados no respeito à família, na liberdade religiosa, no livre mercado e na liberdade de expressão. Flávio, conte comigo", afirmou, em nota.


Carolina LinharesThaísa OliveiraCatia SeabraFolha de São Paulo

Paulo Miklos prepara álbum como intérprete e flerta com o indie em músicas inéditas

 

                                             Os músicos Paulo Miklos e Papisa - Maria Cau Levy/Divulgação



Não é de hoje que Paulo Miklos mantém o espírito aberto. Numa madrugada de 1982, ele conta, tomou um susto com uma arruaça embaixo da janela da sua casa. Entre gritaria e alguma música estavam ali os Titãs. "Eles chegaram cantando a plenos pulmões ‘bichos, saiam dos lixos!’, e eu abri a janela e falei ‘o que vocês estão fazendo?’", ele lembra, entre risadas, o que foi a gênese de um dos maiores sucessos de sua carreira. "Às vezes acontece isso de você ser predestinado a ser intérprete de uma música."


Quase 45 anos depois, ele recebeu outra visita pela janela —dessa vez, virtual. A cantora Papisa enviou a ele um convite numa mensagem do Instagram —fazer um show ao seu lado. "Marcamos de tomar um café, levei uma série de músicas inacabadas, áudios meus cantando algumas melodias e dei a ideia de compormos juntos —ela adorou, e surgiu essa parceria", afirma ele.


Entre intérprete e compositor, câmeras e microfones, términos e recomeços, Paulo Miklos vive maquinando o novo. O próximo projeto a ganhar vida é justamente sua parceria com a jovem artista paulistana. Eles se apresentam de sexta a domingo como parte da quinta edição do "Circuito" —série de shows que roda o estado de São Paulo com nomes emergentes da música. "Temos duas músicas inéditas que entraram nesse show, mais um elemento especial desse encontro de gerações", diz ele.


As faixas também têm versões de estúdio. "Maremoto" é um rock com cara de indie e fim de anos 1980 que cai como luva para a tessitura roqueira da voz de Miklos. Já "São Paisagens, Novas Descobertas" flerta com música eletrônica numa balada densa. "Ambas tratam de desencontros, mas têm uma luz, uma esperança de recomeço ou luta por um amor", diz o artista. A letra desta última diz "agora eu vejo bem, todas as janelas continuam abertas".


Tão logo encerra a pequena turnê, Miklos embarca na finalização de um disco com lançamento previsto para o ano que vem. O projeto é uma coletânea de canções que marcaram sua história, como "Coisas da Vida", de Rita Lee, que dá título ao disco.


"Eu tenho essa paixão pela Rita, eu cresci ouvindo ela, e nessa faixa eu fiz minha própria segunda voz —algo que ela adorava fazer", diz Miklos. "Uma vez ela disse que se pudesse faria backing vocal para os Titãs, e agora sou eu que estou fazendo isso."


Foi também como intérprete à frente dos Titãs que Miklos marcou a história do rock brasileiro em canções como "Sonífera Ilha", "Marvin" e "Domingo". "Cantar sempre foi meu instrumento principal, e aos poucos eu fui assumindo essa coisa do crooner", diz ele. "A gente tinha isso de escolher os intérpretes, e na banda eu tinha compositores fabulosos, talvez os maiores da minha geração." A produção incessante rendeu 14 álbuns de estúdio mais o "Acústico MTV", de 1997, que estabeleceu o grupo também entre millennials.


Em 2023, os Titãs reuniram toda a trupe para satisfazer fãs dos anos 1980, 1990 e 2000. "Estavam filhos e pais, gente que nunca tinha visto a banda reunida", diz. "A gente estava numa felicidade de ver uns aos outros, de estar junto." A festa foi tanta que a turnê se esticou informalmente até o ano passado, quando a banda se apresentou uma última vez com a formação completa no Lollapalooza.


Miklos segue também como ator. "No show eu lembro ao público, costumo brincar, digo que sou ator também e que fiz ‘Carrossel’", afirma. O vilão na novela infantil é uma linha da obra que tem mais de 30 títulos em cerca de 25 anos de carreira, uma lista que o artista revisou há pouco com ajuda da inteligência artificial.


"Botei no ChatGPT e veio a minha filmografia inteira, desde ‘O Invasor’", afirma Miklos. O filme de Beto Brant, de 2001, foi outro momento de encontro para o artista. O cantor se viu como ator e também como parceiro de cena de Sabotage —um dos maiores nomes do rock nacional e um dos grandes nomes do rap no país, então, estavam contracenando pela primeira vez.


"Era uma novidade para nós dois, aquilo de câmera, a equipe, os cabos, então a gente teve uma aproximação natural, deu uma liga imediata", diz Miklos. "Ele tinha aquela coisa de poeta mesmo, um ouvido aberto para a rua."


Morto em 2003, o rapper ficou na memória do amigo como forma de canção em "Sabotage Está Aqui". A faixa foi lançada no último álbum solo de Miklos, "Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém", de 2022. O LP foi seguido por um ao vivo, lançado no ano passado.


Com os discos, a turnê dos Titãs, os filmes —Miklos acaba de lançar o longa "Assalto à Brasileira", de José Eduardo Belmonte, no qual faz o papel de um policial—, o corpo passou a exigir cuidados. "Eu estava no programa Altas Horas e o Serginho Groisman perguntou ao Ney qual era o segredo, e ele disse que era comer pouco e se exercitar —agora eu estou no projeto Ney Matogrosso, sou criterioso com a comida e não atropelo meus horários de musculação."


O estilo é algo diferente do jovem dos anos 1970, quando figura cativa do circuito paulistano de bandas e experimentações da vanguarda, ou do roqueiro que fez pulsar os anos 1980. "Foi bom que fiz o que fiz numa época em que conseguia sobreviver", ele diz. "Hoje uma noite boa de sono faz diferença, e eu preciso de fôlego para me movimentar, atravessar o palco. Até porque a galera lá embaixo tem 20 anos, né?"


Miklos faz 67 anos em janeiro de 2026, seu primeiro aniversário após o término de um casamento de uma década . Nem tempo nem idade parecem frear suas empreitadas. Pelo contrário, mais o relógio avança, maior são as ganas de criar —maior a abertura de espírito. "Meter a cara no trabalho é bom para curar os males, principalmente se você tem o privilégio de trabalhar com o que ama", ele diz. "Vou fazendo, compondo, cantando. A gente tem que ter esperança de conseguir ser feliz. Por isso as canções de amor são muitas."


Paulo Miklos e Papisa

Quando Sex. (5), às 19h, no Tetriz Club - r. Oriente, 425, Campinas; sáb. (6), às 19h, no Moon Club – r. Carlos Gomes, 301, Americana; dom. (7), às 17h, no Cine Clube Cortina - r. Araújo, 62, São PauloOnde Campinas, Americana e São PauloPreço R$ 25, ingressos em sympla.com.br


Felipe Maia

Folha de São Paulo

Morre Frank Gehry, que redesenhou a arquitetura com obras ferozes, aos 96

 

                                               Guillermo Martinez/Reuters

  • Vencedor do Pritzker se tornou gigante dessa arte nos EUA

  • Ele ergueu o Guggeinheim de Bilbao e e o Disney Concert Hall


Frank Gehry, um dos grandes talentos da arquitetura mundial, morreu nesta sexta-feira em sua casa em Santa Monica, nos Estados Unidos, aos 96 anos. Ele enfrentava uma doença respiratória.


O maior sucesso de Gehry foi o museu Guggenheim, em Bilbao. Situado no que antes foi uma cidade industrial em declínio na Espanha, este edifício exuberante, revestido de titânio, foi uma sensação internacional quando abriu, em 1997, e ajudou a revitalizar a cidade e a transformar Frank Gehry no arquiteto dos Estados Unidos mais reconhecido no mundo desde Frank Lloyd Wright.


Sua aparência alegre —composição de formas prateadas cintilantes que pareciam ter explodido do solo— apontava para a chegada de uma nova arquitetura, carregada de emoção.


Gehry, um dos primeiros arquitetos a compreender o potencial libertador do design feito no computador, passou a criar outros edifícios célebres —muitos considerados obras-primas—, que em sua bravura escultural e poder visceral igualaram ou até superaram a arquitetura barroca do século 17.


Entre eles estão o Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles, com um interior semelhante a um casulo, concluído em 2003; o New World Center, uma sala de concertos em Miami repleta de salões de ensaio cilíndricas, inaugurada em 2011, e a Fundação Louis Vuitton, museu em Paris que parece feito de vidro.


Mas Gehry, que ganhou o prestigioso prêmio Pritzker de arquitetura em 1989, já havia feito seu nome muito antes. Ele irrompeu na consciência do mundo arquitetônico em 1978, com a construção de uma casa em Santa Monica, na Califórnia, que ele projetou e na qual viveu por quatro décadas —um bangalô barato, com estrutura de madeira, que o artista despedaçou e envolveu numa nova pele de compensado, metal corrugado e tela metálica.


A colisão crua e até violenta de formas parecia capturar as divisões políticas e geracionais que tensionavam a família e a sociedade americana desde os anos 1960, o que estabeleceu Gehry como uma força na arquitetura.


Nos anos seguintes, ele produziu várias outras casas cujas composições brutas evocavam estruturas em meio à construção. "Eu estava me rebelando contra tudo", afirmou Gehry em entrevista ao jornal The Times em 2012, ao justificar a sua antipatia pelos movimentos arquitetônicos da época, exemplificados pela Farnsworth House na pradaria de Illinois, um pavilhão modernista austero, plano, de aço e vidro projetado por Mies van der Rohe. "Eu não conseguiria viver numa casa assim", acrescentou.


"Teria que chegar em casa, limpar minhas roupas, pendurá-las de forma adequada. Achei que era esnobe e afetado. Simplesmente não se encaixava na vida."


Gehry depois expandiu o seu repertório com designs cada vez mais esculturais. Eles incluíam as formas contorcidas de estuque branco do museu de design Vitra, inaugurado em 1989, em Weil am Rhein, na Alemanha, e duas torres cilíndricas unidas num abraço balético em Praga —edifício de 1996 chamado Casa Dançante, ou Ginger e Fred, em homenagem à dupla de dançarinos Ginger Rogers e Fred Astaire.


Para alguns, seu trabalho era mais de escultura do que de arquitetura. Outros o viam como emblemático de uma cultura global que reduzia a arquitetura a uma marca. Gehry, cujo nome era reconhecido em todo o mundo, às vezes era tido como uma estrela.


Mas a ferocidade emocional de seu trabalho podia parecer capacitadora, como se a arquitetura tivesse redescoberto uma parte de si mesma que havia sido perdida após décadas de funcionalismo sombrio e clichês pós-modernistas. E o foco generalizado nos exteriores deslumbrantes de seus edifícios podia distrair dos objetivos mais profundos de Gehry —criar uma arquitetura que não fosse apenas impactante, mas democrática em espírito e evocativa da desordem da vida humana.


Ele nasceu Frank Owen Goldberg em 28 de fevereiro de 1929, numa família judaica, numa região operária de Toronto, no Canadá, filho de Irving e Sadie Caplan Goldberg. Seu mundo desmoronou por volta da década de 1940, quando seu pai sofreu um ataque cardíaco e eles mudaram para Los Angeles, fugindo do inverno.


Como arquiteto, Gehry foi um talento tardio. Após uma breve passagem pelo Exército, casou-se com Anita Snyder, de quem se separou em 1966, e ingressou na Universidade do Sul da Califórnia, onde estudou cerâmica. Ele mudou para arquitetura depois que um professor o apresentou a Raphael Soriano, um pilar do modernismo do pós-guerra no sul da Califórnia. Foi também nesta época que ele adotou Gehry como sobrenome, segundo ele para escapar do antissemitismo.


Gehry ainda trabalhava em projetos como uma loja de 7.600 metros quadrados para a Louis Vuitton, em Beverly Hills. O arquiteto deixa a mulher Berta Isabel Aguilera e os quatro filhos, Samuel, Leslie, Alejandro e Brina.


Nicolai OuroussoffNova York | The New York Times

Estreia de espetáculo teatral “Petúnia” marca 22 anos do Grupo Fulano di Tal

 

                                                Foto: Douglas Moreira



De 7 a 14 de dezembro, o grupo percorre seis cidades de MS , ocupando espaços públicos e reafirmando o compromisso com a formação de plateia e a democratização do acesso à arte.

O Grupo Fulano di Tal inicia em dezembro a circulação do espetáculo “Petúnia”, concebido na celebração dos 20 anos da companhia. Criado em em 2023, o projeto “Fulano di Tal – Ato 20” é um marco de atuação na cena teatral sul-mato-grossense, duas décadas de pesquisa, invenção cênica e intensa relação com artistas e comunidades do Estado.


A cidade de Rochedo será o ponto de partida. A estreia acontece neste domingo (7), às 17h30, no Clube Chicão, que fica situado na Avenida Evangelina Viera. A partir daí, “Petúnia” percorre outras cinco cidades de Mato Grosso do Sul, ocupando espaços públicos e reafirmando o compromisso do grupo com a formação de plateia e a democratização do acesso à arte.


O diretor da companhia, Marcelo Leite, explica que a escolha de “Petúnia” para circular em 2025 surgiu naturalmente no processo criativo. “O que era para ser uma comemoração de 20 anos virou celebração dos 22. Estrear ‘Petúnia’ agora, depois da experiência com o Palco Giratório, consolida um fazer teatral que descobrimos com o espetáculo ‘A Fabulosa História do Guri-Árvore’. Criamos visualidades, figurinos, objetos e maquiagem no nosso ateliê, com toda equipe envolvida. Esse formato tem nos agradado muito”.


Marcelo destaca que o novo trabalho nasce após uma vivência transformadora. “A circulação pelo Palco Giratório do Sesc, nos permitiu percorrer 31 cidades de 18 estados e um total de 34, é um marco para nós. Foi a primeira vez que um grupo de teatro de Mato Grosso do Sul entrou no projeto — antes, só a dança havia alcançado isso. Essa etapa mexeu profundamente com nosso fazer artístico”, afirma.


Fundado em 2003, o Fulano di Tal já encenou 18 espetáculos e se tornou referência na produção teatral independente no Estado, atuando com processos colaborativos, intercâmbios e formação de público.


Com “Petúnia”, a companhia reforça esse movimento, iniciando nova itinerância por seis municípios. Com dramaturgia, direção e produção de Edner Gustavo, que assina cenografia e figurino ao lado de Douglas Moreira, a obra mergulha no delírio, na memória e na reinvenção como gesto de resistência.


“‘Petúnia’ fala de memória e invenção como sobrevivência — assim como o próprio Fulano di Tal. São 22 anos criando, enfrentando desafios e encontrando modos de existir. A peça trata disso: da destruição que vira poesia e da reinvenção que permite continuar”, explica Edner.


Ele acrescenta que o Palco Giratório influenciou profundamente o modo de produção do grupo. “O intercâmbio artístico e de gestão foi transformador. Isso reverbera em ‘Petúnia’. Pensamos a qualidade do espetáculo mesmo em cidades sem teatro, porque queremos proporcionar experiências completas para cada público”.


E as cidades já se preparam para receber o grupo. Em Bodoquena, por exemplo, a apresentação será na tradicional Feira do Produtor, ponto de encontro da comunidade.


Para Edson Antônio Pereira, gerente do Departamento de Cultura, a parceria valoriza o cenário cultural local. “Receber o Fulano di Tal é uma oportunidade valiosa. Ampliar o acesso à arte é uma diretriz da Gestão Municipal, que busca ações que dialoguem com a identidade do município”.


Ele também ressalta o potencial do espaço. “A Feira do Produtor é palco de diversas manifestações culturais. À noite, recebe entre 500 e 700 pessoas; durante o dia, de 100 a 150. É um ponto vivo da cidade, onde a arte encontra o público naturalmente”.


O espetáculo – Em “Petúnia”, uma criatura narradora tenta reconstruir, entre lapsos e ruínas afetivas, a história de uma jovem nascida em um lugar onde ser feia é destino. Petúnia, “a mais feia das feias”, percorre memórias da mãe, comadres horrorosas, um monstro e um amor : e um amor por uma Criatura Sem Nome. Entre mito e lembrança, o espetáculo revela a beleza do que permanece: a invenção como forma de existir.


A obra tem dramaturgia, direção e produção de Edner Gustavo, colaboração dramatúrgica de Nicoli Dichoff, atuação das atrizes-criadoras Kelly Figueiredo, Luana Vilela e Nicoli Dichoff, assistência de direção e produção de Marcelo Leite, cenário, figurino e maquiagem de Douglas Moreira e Edner Gustavo, iluminação e técnica de palco de Breno Lucas, trilha original de Ewerton Goulart e interprete de Libras, Sinalize.


A circulação conta com financiamento do FIC – Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul, da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), Setesc e Governo do Estado. Acompanhe o projeto pelo Instagram @fulanodital.


Serviço



Circulação 2025 – espetáculo “Petúnia” – 22 anos do Grupo Fulano di Tal

07/12 (domingo) – Rochedo – às 17h30

Local: Clube Chicão

Endereço: Avenida Evangelina Viera – Praça Maria Sem Troco


08/12 (segunda-feira) – São Gabriel do Oeste – às 19h

Local: Centro de Eventos Felipe Eduardo Grimm

Endereço: Rua João Rodrigues Miranda, 844 – Centro


09/12 (terça-feira) – Miranda – às 19h

Local: Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá

Endereço: Avenida João Pedro Pedrossian, 809 – Centro


10/12 (quarta-feira) – Bodoquena – às 19h

Local: Feira do Produtor Rural

Endereço: Av. Manoel R. Oliveira, 786


11/12 (quinta-feira) – Guia Lopes da Laguna – às 19h

Local: Salão Paroquial

Endereço: Rua Capitão Pizá Flôres, 248 – Centro


13 e 14/12 (sábado e domingo) – Campo Grande – às 19h

Local: Espaço Fulano di Tal

Endereço: Rua Rui Barbosa, 3099 – Centro


 

Com reportagem de Aline Lira e Lucas Arruda



“Palhasseata” leva música, poesia e riso às ruas da Orla Morena neste domingo

 

                                              Foto: Vaca Azul



Um dos momentos mais esperados da IX Pantalhaç@s – Mostra de Palhaç@s do Pantanal acontece neste domingo (7), a partir das 17h, quando a Palhasseata toma a Orla Morena com um cortejo de palhaços, música ao vivo, canto coletivo e a energia festiva que marca a tradição circense. O cortejo, que este ano ganha uma preparação inédita, antecede a apresentação internacional do Latin Duo (Argentina/Peru), às 18h, no Teatro de Arena.


A Palhasseata é, há anos, um símbolo da Mostra: um gesto poético e político que rompe fronteiras entre arte e cidade, interrompe o ritmo cotidiano e convida o público a caminhar junto com artistas de várias regiões do Brasil e da América Latina. Em 2025, ela ganha um novo fôlego musical sob coordenação do palhaço Thiago Sales, que também se apresenta na segunda-feira na Mostra.


Thiago, que desenvolve há anos trabalhos de cortejos musicais em festivais de palhaçaria, trouxe para Campo Grande um formato mais cuidadoso de preparação, com arranjos inéditos, paródias compostas especialmente para o evento e o envio antecipado de partituras para os artistas que tocam instrumentos de sopro.


“As canções têm uma potência enorme no cortejo, porque permitem que todo mundo participe, quem toca, quem canta e até quem encontra o festival pela rua. A paródia ajuda nisso: a pessoa já conhece a melodia e rapidamente aprende a nova letra. É humor, é festa, é convite. Estou muito confiante de que será um momento lindo”, afirma Thiago.


Além da criação musical, o artista também preparou linhas melódicas acessíveis, pensadas para incluir músicos iniciantes e ampliar a participação dos artistas presentes na Mostra. O cortejo contará ainda com ensaios prévios e organização de um grupo de batucada, garantindo unidade e força sonora ao percurso.


Para os idealizadores da Pantalhaç@s, a Palhasseata é um dos pilares da Mostra justamente por tornar a arte acessível, ocupando ruas e aproximando a população da palhaçaria.“A Palhasseata é um alívio dentro da cidade. Ela quebra a rigidez do cotidiano e cria um momento de encontro, de pertencimento — uma beleza que aparece no meio do concreto”, define Anderson Lima, da Flor e Espinho Teatro.


A expectativa é que a Orla Morena se transforme em um grande corredor de festa, onde famílias, crianças, ciclistas e transeuntes possam acompanhar o cortejo, cantar as paródias criadas para a edição e sentir a vibração que inaugura a segunda metade da Mostra.


Thiago reforça o caráter afetivo e histórico do cortejo dentro da cultura circense. “Os primeiros circos anunciavam sua chegada com cortejos musicais. Era um modo de avisar à cidade que o riso havia chegado. A Palhasseata segue essa tradição, só que ampliada, porque agora também é celebração, encontro e troca entre artistas e público”.


Com música, humor e comunidade, a Palhasseata promete ser um dos momentos mais marcantes desta 9ª edição, que conta com investimentos da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc), do Governo Federal, através do MinC (Ministério da Cultura), operacionalizado pelo Governo do Estado, por meio da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.


PROGRAMAÇÃO DA MOSTRA


SÁBADO – 06/12

9h às 12h — Oficina Que palhace é esse? – Gabriel Cavalcante

Local: Flor e Espinho

16h — Apalhassadamuzikada… Uma Sinphonia Engrassada! – Turma do Biribinha (AL)

Local: Teatro Prosa Sesc

19h — Batalha – Dagmar Bedê (MG)

Local: Teatro de Arena – Orla Morena

21h — Roda de Palhaç@s – sonhos, frustrações e utopia

Local: Flor e Espinho


DOMINGO – 07/12

9h às 12h — Oficina Que palhace é esse? – Gabriel Cavalcante

Local: Flor e Espinho

9h às 12h — Oficina Teoria e Prática do Malabarismo – Passe de Claves – Vitor

Local: Circo do Mato

17h — PALHASSEATA

Local: Teatro de Arena – Orla Morena

18h — Se Desconcierta el Concierto – Latin Duo (Argentina/Peru)

Local: Teatro de Arena – Orla Morena


MS e Google firmam acordo para fomentar transformação digital

 





O Governo de Mato Grosso do Sul formalizou acordo de cooperação técnica com o Google Brasil para ajudar a acelerar a transformação digital regional e consolidar o Estado como uma referência em inovação para políticas públicas digitais do país. O Memorando de Entendimento (MoU) assinado prevê cooperação em tecnologia, inteligência artificial e infraestrutura em nuvem, envolvendo áreas essenciais da administração pública.


A iniciativa foi anunciada durante reunião realizada na sede do Google, em São Paulo (SP), com participação do governador Eduardo Riedel, secretários de Estado e de executivos da empresa. O objetivo é potencializar a eficiência da gestão estadual e ampliar a oferta de soluções tecnológicas para a eficiência operacional de setores-chave do Estado, como educação, saúde e segurança pública.


"Nossas ações dentro do Governo do Estado estão muito focadas na transformação digital, que na atualidade tem um papel fundamental para a efetividade da gestão estratégica sair do papel e ser executada, chegando à população. Por isso, a digitalização e modernização do Estado estão entre os nossos pilares de Governo", disse o governador Eduardo Riedel durante a assinatura, destacando ainda a importância da IA e outras tecnologias na sociedade atual e no serviço público.


Além das áreas já citadas, o agronegócio também deve se beneficiar dessa iniciativa. Uma das principais forças econômicas de Mato Grosso do Sul deve experimentar, a partir do uso da inteligência artificial, ampla otimização da cadeia produtiva, além do aprimoramento da previsão climática, fundamental para as plantações.


Por ser um dos maiores polos agropecuários do Brasil, Mato Grosso do Sul será campo de testes para modelos avançados que prometem elevar a produtividade e apoiar tomadas de decisão.


Presidente do Google Brasil, Fábio Coelho ressaltou o ressaltou o crescimento econômico e social de Mato Grosso do Sul. Esse panorama tende a melhor ainda mais com as ações de modernização e otimização de políticas públicas que contarão com maior amparo tecnológico.


"O Mato Grosso do Sul já é uma potência no agronegócio e a tecnologia pode ser uma aliada para o crescimento do Estado. Queremos apoiar o Governo do Estado a levar o impacto positivo da tecnologia para a população", afirmou o executivo.


Educação e gestão em foco


O Governo do Estado pretende também aplicar tecnologias do Google para personalizar currículos, melhorar o desempenho dos alunos e aumentar a eficiência administrativa das escolas.


A modernização beneficiará a estrutura interna do Estado, com apoio de soluções de nuvem (armazenamento de dos dados e sistemas online) e machine learning (aprendizado de máquina) para a gestão pública avançar na organização de dados e no aumento da transparência e da economia de recursos.


A criação de uma base de dados estruturada permitirá que, futuramente, novas aplicações de IA sejam integradas a serviços essenciais, como saúde, segurança e finanças. Para o Governo de Mato Grosso do Sul, o acordo representa um passo decisivo rumo a uma administração mais moderna, inteligente e conectada às necessidades da população.


O governador Eduardo Riedel participou do evento em São Paulo (SP) acompanhado dos secretários Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação)..

Wagner Moura é indicado em 2 categorias no Critics Choice Awards

 




Wagner Moura foi indicado a dois prêmios no Critics Choice Awards 2026. Ele concorre a Melhor Ator pelo papel em "O Agente Secreto" e como Melhor Ator Coadjuvante em Série Limitada por "Ladrões de Drogas". A cerimônia acontece no dia 4 de janeiro de 2026.


Na categoria Melhor Ator, Wagner concorre com Timothée Chalamet ("Marty Supreme"), Leonardo DiCaprio ("Uma Batalha Após a Outra"), Michael B. Jordan ("Pecadores") e Ethan Hawke ("Blue Moon").


Já na categoria Melhor Ator Coadjuvante em Série Limitada, os outros indicados são Owen Cooper ("Adolescência"), Nick Offerman ("Death by Lightning"), Michael Peña ("All Her Fault"), Ashley Walters ("Adolescência") e Ramy Youssef ("Mountainhead").


Além dele, o filme de Kleber Mendonça Filho foi indicado a Melhor Filme Internacional. "O Agente Secreto" concorre com "Foi apenas um acidente", "A Garota canhota", "No other choice", "Sirat" e "Belén".


O Critics Choice é promovido pela Associação dos Críticos de Cinema (BFCA) dos Estados Unidos. A premiação é considerada um termômetro para o Oscar, que em 2026 acontecerá no dia 15 de março


G1

Muricy destaca importância de Neymar ir à Copa e usa Ronaldo como exemplo

 


                                            Foto: Raul Baretta/Santos FC



Atual coordenador de futebol do São Paulo, Muricy Ramalho entende que Neymar pode ser importante para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2026. Em entrevista exclusiva à TV Gazeta, o ex-treinador do Santos destacou a genialidade do jogador de 33 anos.


"Eu acho que o Neymar vai se reabilitar. Estive com ele no meu aniversário, conversamos bastante. Incentivei demais ele. Ele está com esse probleminha no joelho, está jogando no sacrifício no Santos, mas é uma coisa que resolve rápido, uma artroscopia é muito rápida. E o talento dele...", disse.


"É um cara diferente. Ele faz um improviso, o simples com um improviso... a gente não tem mais um jogador assim. Temos jogadores bons, mas o diferente não tem. Agora, o Ancelotti é um cara experiente e está percebendo isso", declarou.


Neymar ficou fora de todas as convocações de Carlo Ancelotti. O treinador italiano entende que os jogadores têm que estar 100% fisicamente para vestirem a Amarelinha.


O meia-atacante do Santos está sofrendo com lesões nesta segunda passagem pelo Santos. Hoje, inclusive, ele está com uma contusão no joelho esquerdo, porém está atuando no sacrifício para poder ajudar o clube a se livrar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.


Muricy concorda com Ancelotti, mas citou alguns exemplo que Neymar pode seguir. Ele relembrou o caso de Ronaldo Fenômeno, que superou uma grave lesão no joelho para ser um dos principais destaques no pentacampeonato do Brasil.


"O Ancelotti já falou uma coisa que eu também concordo: ele [Neymar] tem que estar 100%. Não 100%, mas perto. Eu sempre tenho como exemplo o Ronaldo Fenômeno, sou amigo dele. Aquela condição no joelho, que foi na patela, não tinha nada. Todo mundo falou que ele não iria jogar mais futebol, que não ia dar tempo de se recuperar para a Copa do Mundo. Por isso que eu falo que esses caras diferentes têm que tomar cuidado. Eles querem saber de ganhar, fazer o melhor", relatou.


"Por isso que eu ainda acredito no Neymar nesse sentido. Ronaldo se fechou, ninguém acreditava. Ele pegou o Filé, o fisioterapeuta, e trabalhou, trabalhou. Ninguém acreditava, ele deu a resposta: foi campeão do mundo e, para mim, o melhor do mundo. Eu acredito nessas histórias, desses caras diferentes", ampliou.


"Eu acho que o Neymar vai fazer isso [parar tudo e focar na Copa do Mundo]. Encontrei ele agora, ele está fininho, cara. Está com o corpo legal, bem estruturado. Eu acho que ele vai se fechar também, porque ele sabe que tem o potencial", completou.


Posição carente?

Muricy ainda revelou onde escalaria Neymar na Seleção Brasileira. O dirigente reconhece que o astro já não tem mais a mesma velocidade de antigamente, quando eles trabalharam juntos no Santos, mas acredita que ele pode ajudar na criação.


"Claro que, hoje, ele já mudou um pouco o estilo de jogo, o cara começa a ficar mais experiente. Lembra o Muller? No começo aqui no São Paulo, ele era um ponta rápido e virou um meia que enxergava mais que ninguém. É mais ou menos isso o Neymar, ele está mudando o estilo de jogo dele. Na Seleção Brasileira, você imagina ele servindo todos esses caras bons que temos lá: Vini Jr., Rodrygo... Ele servindo aqueles caras, sendo um 10 atrás do 9, um 8 e meio que se fala... ", analisou.


"Para mim, se jogar nesse esquema de dois volantes e ele atrás do atacante, que é o cara que enxerga o jogo, que é o inteligente do time, eu acho que ele cairia bem. O Ancelotti, com a experiência que ele tem, com certeza está observando isso, porque ele sabe muito de futebol", acrescentou.


"Agora, está na mão do Neymar. E agora fez três gols, está todo entusiasmado. Eu conversei com ele, estava todo feliz. Acho que ele vai se preparar bem, porque ele quer esse desafio da Copa do Mundo", finalizou Muricy à TV Gazeta.


Próximo jogo do Santos

Santos x Cruzeiro (38ª rodada do Brasileirão)

Data e horário: 07/12 (domingo), às 16h (de Brasília)

Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)


Por Rodrigo Matuck e Thais Bueno

Ancelotti avalia grupo do Brasil na Copa de 2026 como "difícil

 

                                             Foto: Dan Mullan/AFP)



O técnico Carlo Ancelotti avaliou como "difícil" a chave do Brasil na Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá. A Seleção Brasileira foi sorteada no Grupo C, ao lado de Marrocos, Haiti e Escócia.


"Difícil. Marrocos foi muito bem na última Copa do Mundo. Escócia é uma equipe sólida. Temos que fazer o melhor e tentar chegar em primeiro no grupo. O primeiro jogo será muito importante", disse o treinador italiano em entrevista ao SporTV.


O técnico italiano da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, posa no tapete vermelho ao chegar para participar do sorteio da Copa do Mundo FIFA de 2026, que acontecerá nos Estados Unidos, Canadá e México, no Kennedy Center, em Washington, DC, em 5 de dezembro de 2025. (Foto de Roberto SCHMIDT / AFP)


"Temos que pensar em ganhar os três jogos. Marrocos será o mais difícil, mas temos que ter confiança", acrescentou.


O presidente da CBF Samir Xaud, por sua vez, aprovou o grupo do Brasil. "Independente das seleções que vêm, temos que mostrar nosso futebol nessa Copa. Gostamos do grupo, bastante, e da região que podemos ficar. Está encaminhado. Ficou parecido com a última Copa que fomos campeões. Está no caminho certo".


Agenda

O Brasil estreia na Copa do Mundo diante de Marrocos em 13 de junho (sábado). O duelo contra Haiti será no dia 19 (sexta-feira). Já o confronto com a Escócia ocorre no dia 24 (quarta-feira).


Os jogos da Seleção serão realizados em cidades do Leste dos Estados Unidos (Atlanta, Boston, Miami, Nova York/Nova Jersey ou Filadélfia). A tabela completa, com horários e locais, será divulgada pela Fifa somente neste sábado, às 14h (de Brasília).


Amistosos pela frente

Antes de pensar na Copa, o Brasil se prepara para realizar novos amistosos. Na próxima data Fifa, em março do ano que vem, a Canarinho medirá forças com França e Croácia. A convocação para esses jogos será próxima da lista definitiva para o Mundial.


"A lista de março vai ser mais ou menos a lista definitiva para a Copa do Mundo", revelou Ancelotti.


Novo formato

O Mundial de 2026 irá estrear um novo formato. A partir de agora, para ser campeã, uma seleção precisará realizar oito partidas. Isso porque haverá uma fase antes das oitavas de final: 16-avos de final. Avançam ao mata-mata os dois primeiros de cada grupo, além dos oito melhores terceiros colocados.


Quando começa?

O jogo de abertura da Copa do Mundo de 2026 está marcado para 11 de junho, no Estádio Azteca, na Cidade do México. Ao todo, serão 104 partidas na competição.


O início do mata-mata está previsto para o dia 28 de junho. Já a grande final, no Estádio MetLife, em Nova Jersey, será em 19 de julho. A disputa pelo terceiro lugar ocorre um dia antes, no Estádio Hard Rock, em Miami.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Veja quando serão os jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2026

 

                                             (Foto de Roberto Schmidt / AFP)



A Seleção Brasileira conheceu, nesta sexta-feira, os adversários na Copa do Mundo de 2026. O Brasil foi sorteado no Grupo C, ao lado de Marrocos, Haiti e Escócia.


A equipe de Carlo Ancelotti estreia diante de Marrocos em 13 de junho (sábado). O duelo contra Haiti será no dia 19 (sexta-feira). Já o confronto com a Escócia ocorre no dia 24 (quarta-feira).


Os jogos da Seleção serão realizados em cidades do Leste dos Estados Unidos (Atlanta, Boston, Miami, Nova York/Nova Jersey ou Filadélfia).


A tabela completa, com horários e locais, será divulgada pela Fifa somente neste sábado, às 14h (de Brasília).


Tabela da Seleção

Brasil x Marrocos


Data: 13 de junho (sábado)

Horário: a definir

Local: a definir

Brasil x Haiti


Data: 19 (sexta-feira)

Horário: a definir

Local: a definir

Brasil x Escócia


Data: 24 de junho (quarta-feira)

Horário: a definir

Local: a definir

Veja também:

Todas as notícias da Gazeta Esportiva

Canal da Gazeta Esportiva no YouTube

Siga a Gazeta Esportiva no Instagram


Novo formato

O Mundial de 2026 irá estrear um novo formato. A partir de agora, para ser campeã, uma seleção precisará realizar oito partidas. Isso porque haverá uma fase antes das oitavas de final: 16-avos de final. Avançam ao mata-mata os dois primeiros de cada grupo, além dos oito melhores terceiros colocados.


Quando começa?

O jogo de abertura da Copa do Mundo de 2026 está marcado para 11 de junho, no Estádio Azteca, na Cidade do México. Ao todo, serão 104 partidas na competição.


O início do mata-mata está previsto para o dia 28 de junho. Já a grande final, no Estádio MetLife, em Nova Jersey, será em 19 de julho. A disputa pelo terceiro lugar ocorre um dia antes, no Estádio Hard Rock, em Miami.

Seleção fará amistosos contra França e Croácia antes da Copa do Mundo

 

                                           Foto: KEVIN DIETSCH / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP 



A Seleção Brasileira agendou dois amistosos para março de 2026. A equipe de Carlo Ancelotti irá enfrentar França e Croácia. A CBF ainda não revelou data, horário e local dos embates.


A entidade entende que são dois fortes adversários europeus e que será um teste interessante para a Copa do Mundo de 2026, que começa em junho. O Brasil já encarou Coreia do Sul e Japão, em outubro, e Senegal e Tunísia, em novembro.


Atualmente, a França ocupa a terceira colocação do ranking mundial da Fifa. A Croácia está em décima. A Seleção Brasileira se encontra na quinta posição.


Rivais definidos!

A Fifa sorteou nesta sexta-feira, em Washington, os grupos da Copa do Mundo de 2026, que será disputado em três países: Estados Unidos, México e Canadá.


As 48 seleções foram divididas em 12 chaves, com quatro países cada. O Brasil foi sorteado no Grupo C, ao lado de Marrocos, Haiti e Escócia.


Os jogos da Canarinho serão nos dias 13 (sábado), 19 (sexta) e 24 de junho (quarta). A tabela completa, com horários e locais, será divulgada neste sábado, às 14h (de Brasília).


Mercado do boi fecha semana com preços estáveis em SP

 

                                            Foto: Sheila Flores


O informativo “Tem Boi na Linha”, publicado pela Scot Consultoria nesta sexta-feira (5), apontou estabilidade nas cotações do boi gordo em São Paulo após uma semana de movimentações moderadas no mercado. Segundo a análise, “ao longo da primeira semana de dezembro, o mercado registrou altas de R$2,00/@ para o boi gordo e de R$1,00/@ para o ‘boi China’”, enquanto vaca e novilha permaneceram com preços inalterados. A consultoria atribuiu o cenário à “boa demanda por carne bovina no mercado doméstico e pelo bom desempenho das exportações”, somados a uma oferta compatível com a procura.


Na sexta-feira, os negócios ocorreram em ritmo mais lento, comportamento considerado comum para o dia da semana. A Scot relatou que frigoríficos com escalas mais alongadas “ofertavam valores abaixo da referência”, mas, mesmo assim, a ponta vendedora manteve firmeza nos preços pedidos. Dessa forma, as cotações permaneceram estáveis na comparação diária. Para a segunda semana de dezembro, o viés indicado era de preços firmes e demanda consistente.


No mercado externo, as exportações de carne bovina in natura alcançaram 318,5 mil toneladas em novembro, superando pela terceira vez seguida a marca das 300 mil toneladas. A Scot destacou que o resultado posicionou o mês como o segundo maior volume da série histórica, ficando acima de setembro e atrás apenas de outubro, com diferença de 2,1 mil toneladas. Segundo a consultoria, o volume embarcado em novembro foi “39,6% maior que o do mesmo mês de 2024”. A média diária atingiu 16,7 mil toneladas e o preço médio da tonelada ficou em US$5,5 mil, crescimento de 13,1% em relação ao ano anterior.


Embora outubro permaneça como o mês com maior volume exportado, novembro registrou a maior média diária de embarques já registrada. O mês não assumiu a liderança no total acumulado porque teve três dias úteis a menos. Para a Scot, os números demonstram que as exportações “não perderam ritmo ao longo de novembro”. Com o fechamento do mês, 2025 se consolidou como o ano de maior volume exportado da série histórica, com faturamento recorde desde outubro e projeção de que o total ultrapasse US$15 bilhões após o desempenho de dezembro.


A expectativa para dezembro é de manutenção do ritmo forte, impulsionado pela demanda aquecida, especialmente pela redução das tarifas norte-americanas e pela sazonalidade das compras dos EUA entre o fim e o início do ano. A consultoria observa ainda que a China mantém investigações de salvaguarda, mas o adiamento da decisão para janeiro de 2026 evita impactos imediatos sobre o Brasil.


"Concerto com os Pobres", o Papa aos artistas: é uma forma de amor pelos mais frágeis

 

                                            O cantor canadense Michael Bublé, que se apresentará neste sábado no Concerto com os Pobres, cumprimenta o Papa Leão




O Papa recebeu esta manhã no Vaticano os promotores e protagonistas do evento programado para este sábado à tarde na Sala Paulo VI. O convite a “cantar bem” e “com o coração”, porque a música é um “caminho de beleza que conduz a Deus”.

Daniele Piccini/Mariangela Jaguraba – Vatican News


O Papa Leão XIV recebeu em audiência, nesta sexta-feira (0512), na Sala Clementina, no Vaticano, os organizadores e artistas que animarão, neste sábado, 6 de dezembro, na Sala Paul VI, o Concerto com os Pobres.


“É com grande alegria que os encontro hoje, na véspera da sexta edição do Concerto com os Pobres. Esta feliz intuição do Papa Francisco está se tornando uma bela tradição, que se insere no contexto da preparação para o Santo Natal, em que celebramos o Senhor Jesus Cristo que se torna próximo e pobre por nós.”


No Natal, Deus nos oferece um modelo de amor a seguir

No Natal, explicou Leão XIV, citando a primeira encíclica do Papa Bento XVI Deus Caritas est, “o próprio Deus busca a ‘ovelha perdida’, a humanidade sofredora e perdida”.


“Deus que se faz criança, que se confia aos cuidados de pais humanos, que se oferece a cada um de nós, é o ícone do amor divino que vem nos salvar.”


Essa solicitude divina é também um modelo para nós, deve guiar as ações do cristão e representa o momento em que o próprio cristão se realiza plenamente como pessoa.


“Olhando para Ele, podemos aprender a amar como Ele nos amou; podemos descobrir que o mandamento do amor responde às nossas necessidades mais autênticas, porque é quando amamos que nos realizamos verdadeiramente.”


Os mais frágeis ​​ocupam os primeiros lugares

A maneira correta de ver o Concerto é, portanto, interpretá-lo como uma oportunidade para amar os mais pobres e frágeis.


“Não é apenas uma exibição de bons artistas ou um simples festival musical, nem mesmo um momento de solidariedade para acalmar nossa consciência diante das injustiças da sociedade.”


O Papa pediu aos cerca de 150 organizadores e artistas que encontrou nesta sexta-feira por volta do meio-dia, hora local, que tenham em mente as palavras de Cristo no Evangelho de Mateus para assumirem a atitude correta durante a exibição, a do dom: “Tudo o que fizeram a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizeram”. De fato, “se amamos concretamente quem tem fome e sede, quem não tem o que vestir, quem está doente, quem é estrangeiro, quem está preso, estamos amando o Senhor”, disse ainda o Papa.


“A dignidade dos homens e das mulheres não se mede pelo que possuem: nós não somos nossos bens e pertences, mas sim filhos amados de Deus; e esse mesmo amor deve ser a marca do nosso agir em relação ao próximo. Por essa razão, em nosso Concerto, os irmãos e irmãs mais frágeis ​​ocupam os primeiros lugares.”


A música é uma celebração do mistério de Deus

Citando Santo Agostinho, que no Comentário aos Salmos convidava a cantar a Deus, “mas com arte”, “não desafinado”, Leão XIV lembrou o “papel importante” da música “na experiência cristã”, e em particular na liturgia. A quarta arte, argumentou ele, não é “um simples fundo musical”, mas deve “elevar o espírito para conduzi-lo o mais próximo possível do mistério que se celebra”.


“Permitam-me, portanto, irmãos e irmãs, uma brincadeira: por favor, cantem bem amanhã! Cantem e toquem com arte e, acima de tudo, com o coração, porque a música pode realmente representar uma forma de amor, uma via pulchritudinis que conduz a Deus.”


Por fim, Leone XIV citou a saudação aos promotores e artistas, proferida há exatamente um ano pelo Papa Francisco, que convidava a ver a beleza como um dom de Deus “para todos os seres humanos, unidos pela mesma dignidade e chamados à fraternidade”.


A proteção de Santa Cecília

O Papa agradeceu a “todos aqueles que estão trabalhando para o sucesso do concerto”.


“Em particular, o cardeal vigário Baldo Reina, mons. Marco Frisina, junto com o Coro da Diocese de Roma, a Orquestra e a Fundação Nova Opera, a atriz Serena Autieri, Michael Bublé e sua banda e cada um dos artistas, sem esquecer todos os parceiros, que com seu generoso apoio tornam possível o evento.”


Ao final do encontro, o Bispo de Roma confiou os promotores e artistas do Concerto à “intercessão maternal de Maria Santíssima Imaculada”, invocando para eles a proteção de Santa Cecília, “padroeira dos músicos”, desejando que “o Senhor continue abençoando o seu compromisso e esta belíssima obra”.